Agentes mantêm apenas serviços essenciais nos presídios

Agentes penitenciários de Alagoas voltaram a paralisar as atividades no sistema prisional do estado, na manhã desta quarta-feira, dia 4. Eles protestam contra o não cumprimento dos pontos de pauta assegurados pelo secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, no mês passado.

Segundo o Sindicato dos Agentes Penitenciários, estão sendo mantidos apenas os serviços essenciais nas unidades prisionais. Um grupo de grevistas se concentra durante esta manhã em frente à Casa de Detenção de Maceió (Cadeião) e afirmam que as visitas previstas para acontecer nesta quinta-feira estão suspensas.

A categoria exige melhores condições de trabalho, com estrutura nas guaritas, alojamentos, aquisição de armas, material de proteção para os agentes e negociação salarial. “Estamos buscando a melhoria no sistema prisional. Há mais de 30 dias tivemos uma reunião com o secretário Paulo Rubim e até agora nada foi feito. Entendemos que alguns pontos da pauta de reivindicação não dependem apenas do secretário, mas o governador é apático e não se mexe para resolver as questões do sistema. A visita está suspensa amanhã por falta de segurança e estamos em greve por tempo indeterminado”, destacou Jarbas de Souza, presidente do sindicato.

De acordo com a Intendência Geral do Sistema Penitenciário (Igesp), a paralisação dos agentes até o momento não comprometeu o funcionamento dos presídios e garantiu que todas as medidas estão sendo tomadas para garantir a ordem nas unidades prisionais.

O intendente-adjunto, coronel Moacir Valdevino, informou que não há um plano de emergência montado. “Entendemos as reivindicações, mas temos a obrigação de garantir a ordem nos presídios. Até o momento está tudo dentro da normalidade, mas se houver necessidade estaremos acionando a Polícia Militar para garantir a ordem nas unidades prisionais”, explicou.

Jarbas garantiu ainda que entre os serviços mantidos estão a distribuição da alimentação dos detentos, a guarda interna e externa das unidades e que o Grupo de Ações Penitenciárias (Gap) está de prontidão para qualquer eventualidade que possa vir a acontecer.

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