Os trabalhadores da Casal vão entrar em greve na próxima sexta-feira dia 13 de junho, devido a falta de uma proposta satisfatória por parte da empresa ao acordo coletivo da categoria que está em negociação. A greve foi decidida em assembléia realizada na última quinta-feira e é por tempo indeterminado. Serão paralisados os setores administrativos, inclusive os de atendimento ao público, corte e ligações. Apenas os serviços essenciais serão mantidos.

A data base dos trabalhadores da Casal é em maio e após a terceira rodada de negociação a empresa não avança na proposta. A categoria negocia este ano apenas as cláusulas econômicas, num total de seis. Pede um reajuste salarial de 9% e a empresa oferece apenas 5%, abaixo da inflação e parcelado em três vezes. Os trabalhadores também não abrem mão de reajuste no auxílio alimentação, que há dois anos está sem aumento e avanço na abrangência do plano de saúde.

“Nós já flexibilizamos algumas cláusulas, aceitamos outra e estamos reduzindo algumas, no entanto, o baiano que é presidente da Casal radicalizou e não quer apresentar uma proposta digna. Ele quer fazer com a gente o mesmo que fez na Bahia, onde os trabalhadores da Embasa ficaram cinco anos sem acordo coletivo, mas aqui é diferente, os trabalhadores vão lutar e mostrar ao baiano que não é assim que se trata os alagoanos”, afirma Amélia Fernandes presidenta do Sindicato.

Amélia diz que a Casal está melhorando suas contas, declarado inclusive pelo próprio presidente da empresa através da imprensa. “Hoje a Companhia tem um custo de apenas 33% com sua folha de pessoal, muito diferente de um ano atrás quando esse valor chegava a 49% do faturamento. Os trabalhadores são o maior patrimônio da empresa e somente nos valorizando é que ela vai crescer”, argumenta a Sindicalista.

Segundo a direção do Sindicato dos Urbanitários, a única coisa que pode evitar a greve é o surgimento de uma proposta que contemple a pauta de reivindicação dos trabalhadores. “Se até quarta-feira o presidente da Casal fizer uma nova proposta nós vamos avaliá-la nesta assembléia e, dependendo do conteúdo, podemos evitar a greve”, encerra Amélia.

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