Torneiras vazias, alguns baldes cheios, sujeira e muita indignação. É essa a situação enfrentada pelos moradores de Garça Torta, Guaxuma, Riacho Doce, Pescaria e adjacências há cerca de dez dias, período em que está faltando água na região.
O funcionário público Roberto Brandão recebeu a equipe do Alagoas24horas em sua residência, em Garça Torta, minutos depois de ter retornado de Maceió, onde foi tomar banho na casa de parentes. Mostrando as torneiras vazias, ele conta que sua rotina básica se transformou em transtorno.
“Eu vou a Maceió para tomar banho, almoço na rua, tomo outro banho e volto para casa, onde às vezes consigo fazer um cafezinho com a água que consegui estocar”, conta, acrescentando que ainda ontem ele, assim como outros moradores, precisou colher água da chuva para a limpeza da casa.
Brandão mora em Garça Torta com a esposa e mais quatro pessoas, mas já avalia a hipótese de ter que se mudar com a família caso a situação persista. “Terei que fechar a casa ou investir na compra de uma caixa de água com capacidade de dez mil litros, para servir como cisterna, porque a situação aqui virou questão de saúde pública”.
Uma moradora de Riacho Doce, que preferiu não se identificar, contou que como não tem condições de ir todos os dias a Maceió, está comprando água em carros-pipa. “Eles cobram em média R$ 120 pela carga, então alguns moradores se juntam e dividem, é isso que estamos fazendo para enfrentar esse período”, conta.
A reportagem do Alagoas24horas procurou a assessoria da Companhia de Saneamento de Alagoas – Casal e foi informada que a falta de água na região acontece porque uma ponte de acesso ao poço da Companhia em Riacho Doce ruiu, impossibilitando que os técnicos fizessem a manutenção. Ainda segundo a assessoria, a ponte já foi consertada e a Casal estima que em 48 horas o poço esteja recuperado e o abastecimento normalizado.