A Justiça Federal suspendeu de forma provisória, para evitar a divulgação da lista de aprovados, o concurso da Escola Agrotécnica Federal, na cidade de Belo Jardim (PE), a 180 km do Recife, atendendo a pedido do Ministério Público Federal de Pernambuco (MPF/PE). Dois dias após a divulgação do gabarito, um candidato procurou o MPF/PE denunciando que a resposta certa para todas as questões era a letra “a”.
De acordo com o portal da Justiça Federal, ao confirmar a denúncia, o procurador da República Marcos Queiroga pediu a anulação do concurso. “Se determinado candidato resolver chutar apenas em uma única alternativa, da primeira até a última a letra ‘a’, ele fechará a prova”, alegou.
Mas, antes mesmo da palavra final da Justiça, a escola decidiu cancelar a prova anterior, aplicada em abril, e anunciou nova avaliação. O novo exame já foi aplicado e os aprovados aguardam convocação. O concurso teve 320 candidatos inscritos.
O concurso oferece quatro vagas nas funções de contador, analista de sistemas e assistente em administração. Eram três provas distintas, dependendo do cargo, cada uma com 50 questões. No entanto, todas as 150 questões tinham a letra “a” como resposta correta.
A iniciativa de definir o gabarito dessa forma partiu da comissão responsável pelo concurso. “A comissão achou que com essas alternativas a gente poderia avaliar a segurança do candidato. Mais para frente, nós percebemos que não foi a forma mais correta de proceder”, reconheceu Augusto Aureliano Filho, presidente da comissão.