Durante depoimento prestado na manhã desta terça-feira, 12, José Maria Ferro, um dos primos do deputado afastado Cícero Ferro (PMN) se recusou a falar e foi indiciado por formação de quadrilha no inquérito da Operação Taturana, que investiga o desvio de cerca de R$ 280 milhões da Assembléia Legislativa de Alagoas (ALE).
Segundo informações do advogado de José Maria, João Luís Fornazari, que defende também os outros dois primos do parlamentar, Evaldo Ferro e Arlindo Ferro, a forma como o delegado expôs as acusações teria sido as razão pela qual José Maria se recusasse a falar.
“Eles têm intenção de colaborar com as investigações, mas hoje pela manhã, quando meu cliente chegou o delegado foi anunciando que seria indiciado, mesmo antes de ouvi-lo. Por esta razão ele decidiu que só fala em juízo e só em juízo apresentará provas de sua inocência”, alegou Fornazari.
Ainda segundo o advogado, o delegado afirmou que possui provas de que José Maria – que é motorista do deputado Cícero Ferro – usou sua conta corrente em benefício do esquema da ALE. A acusação foi contestada com veemência por Fornazari que disse desconhecer o motivo do indiciamento de seu cliente.
O advogado acredita que o resultado do depoimento Evaldo e Arlindo Ferro vai depender da forma como ambos serão abordados pelo delegado. “Temos provas da inocência dos três e deveremos apresentá-las em juízo. Quanto ao depoimento desta tarde, só saberemos como proceder, se meus clientes irão falar ou não, quando o delegado apresentar as acusações”, finalizou.
(Atualizada às 18h40)