Jade cai e fica em décimo no individual

EFEGinasta cai no final de sua série no salto

Ginasta cai no final de sua série no salto

Pela primeira vez, o Brasil tem uma ginasta entre as dez melhores do mundo no individual geral. Apesar de ter caído no solo e no salto, Jade Barbosa garantiu o décimo lugar na decisão, com 59.550 pontos, superando o 12º lugar de Daniele Hypolito em Atenas-2004. Também estreante, Ana Cláudia Silva somou 56.875 e terminou na 22ª posição. A americana Nastia Liukin garantiu a medalha de ouro com 63.325. A prata ficou com a compatriota Shawn Johnson (62.725) e o bronze, com a chinesa Yilin Yang (62.650).

Após a final por equipes, quando a seleção brasileira ficou em oitavo lugar, Jade Barbosa confessou: “Fazer uma final pela primeira vez é muito difícil”. A lição foi aprendida. Menos ansiosa, a ginasta começou com uma boa atuação nos aparelhos que considera mais difíceis. Porém, com uma queda no solo, teve que arriscar no salto e acabou caindo novamente. Nada que abale a sua confiança para disputar a final do aparelho, no próximo domingo, às 9h15m (de Brasília).

– Ser a décima melhor das Olimpíadas é muito bom. Estou feliz, apesar dos erros.Treinei quatro anos para isso. Acho que isso valeu a pena – afima a ginasta, em entrevista à TV Globo.

Além de Jade, o Brasil ainda tem boas chances de subir ao pódio com Diego Hypolito e Daiane dos Santos, que lutam por uma medalha no solo, também no domingo, às 7h e 7h45m, respectivamente.

Paralelas e trave
Jade começou nas paralelas. E o que se viu foi uma cena bem diferente da final por equipes, quando a ginasta saiu emburrada após sua apresentação. Desta vez, sorriso de orelha a orelha. A carioca foi muito bem na execução e conseguiu uma aterrissagem perfeita com um duplo mortal. A nota foi a sua melhor no aparelho durante os Jogos: 15.075. No solo, Ana Cláudia melhorou em relação à decisão de terça-feira (13.375), mas não conseguiu repetir o bom desempenho da classificação (14.800) e somou 14.350. A melhor na primeira rotação foi a romena Steliana Nistor, que arrancou aplausos nas paralelas e garantiu 15.975 pontos. Jade ficou na nona posição.

No último domingo, em sua estréia na trave, Jade chorou após cair em sua entrada no aparelho. Nesta sexta-feira, ela mostrou sua evolução. Firme, superou o medo que as brasileiras costumam ter do aparelho e conseguiu acertar acrobacias difíceis, sem repetir os erros das apresentações anteriores. O resultado? Após somar 14.700 nas eliminatórias, conquistou a nota 15.500, arrancando um raro sorriso de Irina Ilyaschenko, auxiliar-técnica de Oleg Ostapenko na seleção. No salto, Ana Cláudia teve um desequilíbrio e ficou com 14.175. Após a segunda rotação, Jade ficou em sétimo lugar e a chinesa Yilin Yang assumiu a liderança com mais uma grande apresentação nas paralelas (16.725).

Queda no solo
Após superar os maiores desafios, Jade partiu para o solo, seu segundo melhor aparelho. No entanto, assim como nos dois primeiros dias, a segunda passada da série foi um problema. A carioca, que colocou um pé fora do tablado no domingo e os dois na terça-feira, caiu após tentar executar uma dupla pirueta e teve a pior nota de todas as suas apresentações, 13.950. Apesar da queda, que a tirou da luta por uma medalha, concluiu o exercício com movimentos de alto grau de dificuldade. Mas a falha custou caro e ela caiu para o décimo lugar.

A terceira rotação foi péssima para as brasileiras. Ana Cláudia, que machucou a mão nas paralelas durante a fase de classificação, voltou a sentir o corte e também caiu no aparelho, somando 14.175 e despencando para a 21ª colocação. No alto da classificação, a americana Nastia Liukin desbancou Yilin Yang e a compatriota Shawn Johnson.

Salto
Com a queda na classificação, Jade partiu para o tudo ou nada em seu melhor aparelho. No salto, a ginasta tentou uma série com uma alta nota de partida, para ter a esperança de aumentar sua pontuação geral e se preparar para a final de domingo. No entanto, caiu na chegada e igualou a nota recebida na final por equipes,15.025. As lágrimas eram inevitáveis. Como consolo, o abraço de Irina Ilyaschenko.

Ana Cláudia, por sua vez, fez uma série simples na trave e somou 14.175. Na última rotação, o solo decidiu a briga por medalhas. Nastia Liukin e Shawn Johnson conseguiram a mesma nota, 15.525. Yilin Yang ficou com 15.000. Como tinha mais pontos acumulados, a primeira garantiu o ouro e vingou as americanas, que perderam o ouro por equipes para as chinesas.

Classificação
1. Nastia Liukin (EUA) 63.325
2. Shawn Johnson (EUA) 62.725
3. Yilin Yang (CHI) 62.650
4. Ksenia Semenova (RUS) 61.925
5. Steliana Nistor (ROM) 61.050.
6. Yuyuan Jiang (CHI) 60.900
7. Anna Pavlova (RUS) 60.825
8. Sandra Izbasa (ROM) 60.750
9. Oksana Chusovitina (ALE) 60.1251
10. Jade Barbosa (BRA) 59.550
11. Vanessa Ferrari (ITA) 59.450
12. Becky Downie (GBR) 59.450
13. Georgia Bonora (AUS) 58.950
14. Lia Parolari (ITA) 58.925
15. Shona Morgan (AUS) 58.800
16. Elyse Hopfner-Hibbs (CAN) 58.375
17. Koko Tsurumi (JAP) 58.100
18. Ariella Kaslin (SUI) 58.000
19. Marine Petit (FRA) 57.975
20. Kyoko Oshima (JAP) 57.625
21. Kristyna Palesova (RTC) 56.975
22. Ana Silva (BRA) 56.875
23. Laetitia Dugain (FRA) 56.775
24. Gaelle Mys (BEL) 53.950

Fonte: G1

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