A desocupação dos apartamentos do Condomínio Aldeota, do PAR, na Serraria, não foi o capítulo mais tenso para as polícias Militar, Federal e Bope. Isso porque todos, internamente, estão preparados para a próxima saída, à força: será no conjunto Ernesto Gomes Maranhão. Dia: próxima quinta-feira, 21, às sete da manhã, se não houver mudanças. O plano interno é traçado com moldes semelhantes ao de hoje, tratado pela PM como “um sucesso”.
Militares ouvidos pela reportagem sabem que por lá a resistência poderá ser muito maior. Isso por causa da presença de agentes penitenciários e integrantes de movimentos sociais, inflitrados entre os ocupantes das casas da Caixa Econômica Federal.
Quais as informações? Lá dentro existem pelo menos dois fuzis e algumas pistolas. Algo bastante diferente de hoje. Segundo a mesma PM, alguns moradores, apesar de armados, não tinham o mesmo “profissionalismo”, contam, para agir contra o Bope.
E na desocupação do Conjunto Aldeota, na Serraria, um personagem se sobressaiu nas tratativas: o ex-assessor do governador.
O negociador falou com militares, moradores e até chamou, por telefone, o secretário de Infra-Estrutura, Marco Fireman, para as tratativas regadas à tensão.
Não há problemas, só um: quem autorizou a ida dele para lá, representando Teotonio Vilela Filho? O Governo garante: não foi o chefe do Executivo.