Em entrevista à imprensa pernambucana, o filho do comerciante Francisco Raimundo Ferreira Filho, 59 anos, encontrado morto na manhã do último sábado, 11, em um canavial da Usina Santa Clotilde, Silvério Eloy Ferreira, de 36 anos, disse estranhar as declarações da única sobrevivente Márcia Rodrigues da Silva, 34, e não descarta a participação dela no crime.
Além de Francisco Raimundo – que é proprietário de uma pequena frota de caminhões, ainda foi assassinado o comerciante Gilson Caetano de Brito, 34. Márcia Rejane teria sobrevivido após se fingir de morta. A mulher foi ferida com disparos de arma de fogo, ficando uma bala alojada na sua coluna, o que pode deixá-la paraplégica. Márcia está internada na Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, em Maceió, e seu estado de saúde é considerado estável.
As suspeitas de Silvério Eloy teriam surgido quando Márcia Rejane teria dito à delegada plantonista Maria Angelita – em depoimento informal – que não conhecia os dois homens e que teria sido levada com as vítimas, após presenciar o seqüestro. Silvério Eloy, no entanto, afirma que Márcia vivia há aproximadamente cinco anos com Francisco Raimundo e que estava a par de todos os negócios do comerciante.
Márcia Rodrigues ainda teria dito à delegada que os assassinos chegaram a pedir resgate no valor de R$ 40 mil, mas não foram atendidos. Ainda no sábado, a Polícia Militar de Alagoas informou que as vítimas teriam sido seqüestradas em Cruz de Rebouças, em Igarassu, e trazidas para Alagoas depois de ficarem presas em um cativeiro no agreste pernambucano. Os acusados teriam se identificado como policiais e algemado os dois homens, que foram ‘presos’ na quinta-feira, 9, e mortos no sábado.
Francisco Raimundo e Gilson Caetano foram sepultados ontem em Abreu Lima, na grande Recife. O caso será investigado pela Delegacia de Rio Largo. Em Pernambuco, as investigações serão acompanhadas pelo diretor de polícia judiciária, Oswaldo Moraes.
