Restrição de cor é medida de segurança, diz Intendência

A Intendência Geral do Sistema Penitenciário (Igesp) informou, por meio da sua assessoria, que a restrição no uso de algumas cores por parte das mulheres e familiares de reeducandos do Presídio Baldomero Cavalcanti, conforme foi denunciado ontem à Comissão de Direitos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/AL) é uma medida de segurança e teria sido implantada desde o começo deste ano.

As cores proibidas pela direção da unidade prisional seriam preta – que é vestida pelos agentes penitenciários; cinza – que é a cor da farda do Grupo de Operações Internas (GOI); e branco – cor dos servidores da enfermagem e cozinha do presídio. A medida foi adotada depois que houve fugas com reeducandos fugindo em meio às visitas. Nas outras unidades, a restrição se dá apenas para cor preta.

Reunidas com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/AL, Gilberto Irineu, as mulheres denunciaram que as comidas que elas levam para os presos, os agentes penitenciários colocam todo alimento misturado dentro de uma sacola plástica. Ainda segundo a assessoria, o procedimento se dá para revistar o conteúdo levado pelos parentes dos reeducandos.

O grupo disse que passam mais de sete horas na fila durante o dia de visita, muitas vezes com criança de colo, exposto às condições do tempo. De acordo com elas, o portão para entrada das visitas está sendo aberto sempre às 9h30, ao invés das 8h. Às 11h30, os portões são fechados e só reabrem às 14h30. Com relação aos horários, a Intendência afirma que as visitas têm início no horário correto, contudo, o procedimento de revista atrasaria a entrada dos familiares nas unidades.

Além das queixas, as mulheres entregaram ao presidente da CDH da seccional alagoana, uma carta escrita pelos detentos solicitando que sejam tomadas medidas a respeito da situação que os familiares e os presos passam. Na correspondência, assinada por mais de 300 presos, está contida o relato da falta de estrutura da unidade prisional, como celas superlotadas e de condições subumanas; fossas entupidas; e a desativação do Módulo 1.

Irineu disse que irá se reunir com o intendente Penitenciário, tenente-coronel Luiz Bugarin, para apresentar as denúncias e tentar resolver a situação de forma administrativa.

Fonte: Com OAB/AL

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