Em greve há uma semana, os bancários de todo país devem decidir os rumos da paralisação em reunião do comando nacional realizada nesta quarta-feira, 15, na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), em São Paulo. O objetivo, segundo o presidente do Sindicato dos Bancários de Alagoas, Edmundo Saldanha, é analisar os números gerais da paralisação e conquistas do movimento paredista.
Os bancários estão em greve desde o dia 8 de outubro. Eles reivindicam aumento real nos salários de 5%, melhoria na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), elevar os pisos de ingresso e criar um Plano de Cargos e Salários (PCS). Os banqueiros também querem reduzir antigas conquistas da categoria nas cláusulas que tratam do auxílio-creche, vale-transporte e estabilidade pré-aposentadoria.
“As informações sobre avanços da luta, possibilidades de negociação com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) deverão ser informadas na reunião que acontece amanhã com o comando nacional”, disse o presidente. Ele acredita que a categoria em Alagoas está bastante unida e engajada na luta.
Segundo dados do Sindicato dos Bancários de Alagoas, em algumas empresas como Caixa Econômica e Banco do Nordeste a adesão de funcionários é de 100%, tanto na capital como no interior. “Por outro lado existem casos no interior como Capela, Viçosa e Pilar, em que as agências do Banco do Brasil estão funcionando”, comprovou Saldanha, durante visita na manhã desta terça-fera, 14.
Saldanha acrescenta que o maior problema de adesão ao movimento está nas agências da rede privada. “As empresas usam o interdito proibitório tanto para afastar os sindicatos das portas das agências, quanto para demitir os funcionários”, conclui.