Donos de clínicas se reúnem com comissão do Detran para discutir redução da CNH
A comissão do Departamento Estadual de Trânsito de Alagoas (Detran-AL) que estuda a redução do valor cobrado pela emissão da primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no Estado se reuniu na manhã desta quarta-feira, 15, na sede do Detran, com representantes das 24 clínicas médicas credenciadas a realizar exames de aptidão dos candidatos a motorista em Alagoas. A reunião discutiu a possibilidade de as clínicas baixarem suas tarifas e contribuírem com a diminuição do preço final da primeira CNH no Estado.
Os representantes das clínicas não apresentaram nenhuma proposta. Eles alegam que há sete anos os valores dos exames médicos não são reajustados, e que os custos com equipamentos e funcionários são altos.
Após muita discussão, os donos das clínicas se comprometeram a apresentar, na próxima quarta-feira (22), às 10h, no auditório do Detran, uma planilha de custos para avaliar se existe possibilidade de redução no valor dos exames, para então oficializar ou não uma proposta.
Segundo Herman Moreira, um dos cinco servidores que integram a comissão do Detran, a apresentação de uma proposta, por parte das clínicas, pode evitar que a autarquia utilize uma prerrogativa legal e bem mais demorada: a abertura de um processo licitatório.
Segundo o presidente da comissão do Detran, Luís Henrique Ferreira, as clínicas credenciadas em Alagoas cobram R$ 93,68 pelos exames clínicos. Luís Henrique afirma que o valor cobrado em Alagoas é o terceiro mais caro do Nordeste, Os dois mais caros são a Bahia, que cobra R$ 111,67 pelos exames, e Sergipe, que cobra R$ 102. “Depois do levantamento, descobrimos que o valor cobrado pela primeira CNH em Alagoas não está relacionado com a demanda ou o aumento da frota, mas com os formadores de preço, que são justamente os serviços terceirizados”, explica.
Na próxima sexta-feira (17) a comissão do Detran terá uma segunda reunião com representantes dos Centros de Formação dos Condutores (CFCs, as auto-escolas), que admitem uma redução de apenas 5% nos seus preços. O Detran propõe pelo menos 14%.
