O delegado-geral da Polícia Civil de Alagoas, Marcílio Barenco, anunciou em entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira, 21, que no registro de nascimento da adolescente Eloá Cristina Pimentel consta o nome do ex-cabo da Polícia Militar, Everaldo Pereira dos Santos. O PM é acusado de assassinar o delegado Ricardo Lessa e seu motorista Antenor Carlota da Silva, no ano de 1991.
“Recebemos um telefonema anônimo na segunda-feira, 20, afirmando que o pai de Eloá seria o foragido da justiça. Assim, posteriormente enviamos ao delegado da Polícia Civil de São Paulo, Marcos Carneiro de Lima, cópias do mandado de prisão e fotografias. Em Maceió também entramos em contato com familiares de Everaldo Pereira e eles o reconheceram como o pai da adolescente assassinada” informou Barenco.
O pai da estudante Eloá Pimentel não compareceu ao enterro da adolescente, na manhã de hoje. Everaldo desapareceu misteriosamente após ter sido atendido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) quando passou mal ao ver a filha no poder do seqüestrador Lindemberg Farias por mais de 100 horas.
A Polícia Civil de São Paulo (PC/SP) realiza buscas na cidade de Santo André a fim de encontrar Everaldo Pereira, que no município era conhecido como Aldo José da Silva.
“O interessante é que Everaldo Pereira se entregue, já que, a polícia de todo o Brasil está ciente do caso. Antes do caso Eloá, a última vez que o acusado tinha sido localizado foi em 1992, em Goiás. Além de todos os crimes de que é acusado pesa ainda o fato de ter utilizado nome falso”, disse.
Desde ontem, vários veículos de comunicação local e nacional publicam que Everaldo Pereira e Aldo José poderiam ser a mesma pessoa. No entanto, durante a coletiva, Marcílio Barenco anunciou que as informações divulgadas pela imprensa não partiram da Polícia Civil, embora algumas declarações apontem o nome do delegado.
Barenco afirma ainda a Polícia Civil alagoana não possui circunscrição para realizar diligências em São Paulo com o objetivo de prender o pai de Eloá foragido da justiça desde 1993. “Agora depende da Polícia Civil de São Paulo”, finalizou.