Alagoas sedia III Seminário do Biodiesel

A coordenação do Programa do Biodiesel em Alagoas (Probiodiesel / AL), formada por técnicos das secretarias de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário (Seagri) , e do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae / AL), realiza nos próximos dias 30 e 31, a partir das 8 horas, no auditório do Sebrae, o III Seminário Alagoano do Biodiesel.

O evento irá reunir pesquisadores de todo o país e tem o objetivo de promover a troca de informações e conhecimentos sobre a produção do biodiesel, numa abordagem científica, política, econômica e social. O foco das discussões é a utilização da mamona na produção de biocombustível, com a apresentação de experiências desenvolvidas em alguns estados do Brasil.

Nos dos dias do seminário serão abordados temas como o “Fomento e Comercialização da Mamona”, “A Mamona no Contexto do Brasil e do Mundo”, “ A Logística e Comercialização de Biodiesel”, e “Biodiesel Urbano – Uma Proposta de Política”. Esse último tema trata da experiência desenvolvida pelo pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp / SP), professor Antonio José Maciel, a partir do óleo de cozinha usado em frituras.

Desde 2006, toda a frota de caminhões da prefeitura de Indaiatuba, no
interior de São Paulo, é abastecida com o óleo saturado. A iniciativa, que vem dando certo, gera uma economia de cerca de um milhão de reais por ano aos cofres da cidade.

Segundo o coordenador do Probiodiesel / AL, pela Seplan, Guillermo Hernandez, a diversificação dos temas e as várias experiências que serão apresentadas por alguns estados do Nordeste serão importantes para o programa alagoano. “É importante sabermos como anda o programa em outros estados. Quais os resultados e as dificuldades. Em Alagoas, apesar de não termos avançado muito, já conseguimos sair de 40 hectares para dois mil hectares, mas ainda é pouco para termos escala de produção. Nossa meta é chegar aos dez mil hectares e seguir ampliando”, disse.

Guillermo é um dos defensores da introdução de outras oleaginosas e aponta o pinhão-manso como forte candidato a ser adotado no programa. “Precisamos inserir outras culturas o mais rápido que pudermos, já que a mamona se valorizou muito e hoje está sendo utilizada em aplicações mais ‘nobres’ do que na produção de combustível”, ressaltou.

Tanto a Universidade Federal como a Estadual de Alagoas já vêm desenvolvendo pesquisas com o pinhão-manso. Pesquisadores das duas instituições irão mostrar, durante o seminário, a evolução dos estudos e as vantagens da oleaginosa na produção de biocombustível.

Treinamento

Três dias antes do Seminário, os agricultores que cultivam mamona no interior de Alagoas irão participar de um treinamento prático, aplicado pelo chefe geral da Embrapa Algodão, Napoleão Esberard.

Para a técnica da Seplan, que também atua no Probiodiesel, Glória Velásquez, é importante capacitar os agricultores sobre o uso do solo e o manejo da cultura. “Sem eles esse trabalho não teria finalidade. A agricultura familiar é a base do programa. É preciso estimular a organização desses produtores a fim de que possamos ter mais gente envolvida no cultivo da mamona”, afirmou.

Segundo Glória, apesar de o Estado ainda não produzir o óleo, os cerca de 1.200 agricultores que plantam a oleaginosa não estão no prejuízo. “Eles têm conseguido vender a baga da mamona para outras localidades, principalmente para Pesqueira, em Pernambuco. É uma alternativa até que tenhamos produção suficiente para colocar em funcionamento a Oleal”, destacou.

Os interessados em participar do III Seminário Alagoano do Biodiesel podem fazer suas inscrições, gratuitamente, no e.mail carteiradeindustria@al.sebrae.com.br ou por meio do número 4009-1699. As vagas são limitadas.

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