Animador de festas é preso por pedofilia

Um animador de festas infantis foi preso, nesta manhã, por policiais da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) suspeito de pedofilia. Segundo a polícia, o suspeito, preso no apartamento onde mora no Maracanã, zona norte do Rio de Janeiro, teria abusado de duas vítimas de 11 anos, entre elas, a própria afilhada. Ele nega as acusações.

Segundo o delegado da DPCA, Deoclécio Assis, o suspeito se aproveitava da profissão para conquistar suas vítimas. Segundo o delegado, Rogger Peixoto Lucas, 40 anos, conseguiu a confiança da menina e de sua família e passou a usá-la como sua assistente nos eventos infantis.

O animador, inclusive, se tornou padrinho de batismo dela. Por seis anos, Rogger teria mantido relações com a menina, que, por medo, não denunciou o agressor. "Como ele era muito gentil, conseguia à base do diálogo convencer a menina a não dizer nada à sua mãe", disse o delegado.

Aos 16 anos, a vítima teria conhecido um rapaz de sua idade e passado a namorá-lo. Enciumado, o suspeito teria terminado o relacionamento e passado a seduzir a irmã de 11 anos da vítima. "Ao ver a situação se repetindo, ela tomou coragem e contou tudo para sua mãe, que nos procurou. Durante três meses, passamos a investigá-lo até conseguirmos indícios suficiente para prendê-lo", declarou Deoclécio.

O delegado e sua equipe partiram para o endereço do acusado, em um prédio na Avenida Maracanã. Ele foi preso quando acordava e não reagiu à prisão. No apartamento onde morava com a mãe e a ex-esposa, os policiais não encontraram material que pudesse incriminá-lo.

O suspeito será autuado por estupro com presunção de violência e atentado violento ao pudor. Como os crimes foram duplos, ele pode pegar até 30 anos de prisão.

De acordo com depoimentos das vítimas, Rogger era educado e atencioso, animava várias festas de aniversário infantis, inclusive no Instituto Nacional do Câncer (INCA), onde alegrava pacientes com câncer, e em abrigos para menores.

"A aproximação cuidadosa e a simpatia eram as suas armas. A partir do momento que conquistava a confiança de todos, ele fazia as vítimas. A partir do depoimento dessas meninas, vamos chegar a outras famílias que passaram pelo mesmo problema", afirmou o delegado.

Acusado nega o crime
Na delegacia, Rogger negou as acusações e defendeu-se dizendo que era apenas um "protetor das meninas". O delegado acredita que ele tenha feito outras vítimas, todas na faixa etária entre 10 e 12 anos. Rogger teria uma filha de cerca de 20 anos que não morava com ele.

Fonte: O Dia

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