Minutos depois de terem executado a tiros dois jovens – ainda não identificados – na Avenida Mundaú, no Benedito Bentes 2, na tarde desta sábado, 22, cinco elementos suspeitos de participarem do crime foram presos nas proximidades da Favela do Lixão, em Cruz das Almas.
Eles foram abordados por policiais na RP dentro do táxi Gol branco, de placa MVB 8767, o mesmo identificado pelas testemunhas como sendo o veículo usado pelos criminosos.
“Estávamos procurando os acusados pelo assalto a um posto de combustível, na Cruz das Almas, quando encontramos o veículo identificado pelas testemunhas do duplo homicídio”, contou o tenente Bruno, da RP.
Das cinco pessoas que estavam no veículo, uma conseguiu fugir durante a abordagem policial. No carro, foram encontrados um revólver calibre 38 com uma munição intacta, celulares, documentos, R$ 40.25 em espécie e dois dólares.
Os acusados foram levados para a Deplan II, no Salvador Lyra, onde serão ouvidos pelo delegado plantonista Nivaldo Aleixo.
Taxista
O taxista do Gol, Edmir Alves dos Santos, 28, disse que foram os quatro passageiros do táxi que cometeram o crime, mas negou a participação. Ele disse que pegou os quatro passageiros no Benedito Bentes e que, depois do crime, foi obrigado a dar fuga a eles.
“Depois de cometer o crime, eles gargalhavam dentro do táxi dizendo: matamos duas almas sebosas”, contou o taxista. Edmir explicou que os quatro rapazes se passaram por passageiros comuns, pegaram o táxi e, quando avistaram as vítimas, poucos metros depois, pediram para ele parar na esquina, quando dois deles desceram para executar os disparos.
“Depois disso eles me ameaçaram e mandaram eu seguir para o Barro Duro. Conheço um deles de vista, do próprio bairro, mas não tenho nada a ver com essa história. Não bebo, não sou viciado. Eu estava na hora e no lugar errados”, diz o taxista, que é casado e pai de três filhos.
Segundo o delegado Nivaldo Aleixo, Wallison Cezário dos Santos, 18, foi apontado como o autor dos disparos. Além dele, foram presos José Wilton da Silva, 19, Felipe José da Silva, 29 e o taxista, cuja versão de inocência será investigada pela polícia.