Professor de Kung-fu nega envolvimento com aluno e depõe hoje

O professor de artes marciais José Cícero Ferreira da Silva, que está sendo acusado de pedofilia, negou as acusações que estão sendo feitas a ele por um ex-aluno, o adolescente F. O. M., de 13 anos. Cícero irá se apresentar na tarde de hoje para prestar depoimento à delegada Bárbara Arraes, que está substituindo a delegada titular da Delegacia de Crimes Contra a Criança e o Adolescente, Ana Luiza Nogueira.

Segundo o professor, o ex-aluno está mentindo quando faz as acusações. “Ele não tem motivos para me acusar, pois nunca houve nada entre nós dois e vou provar isso na Justiça” declarou.

Ele está sendo orientado pelos advogados Ítalo Jorge Oliveira Santos e Ary de Medeiros Lages Filho, ambos foram indicados pela Federação Alagoana de Kung-fu para acompanhar o caso. Ítalo Jorge, que além de advogado, também é faixa preta em Kung-fu, pertence ao quadro da federação. “Nós fomos apenas indicados pela federação para acompanhar o caso de perto. Os honorários estão sendo pagos pelo professor Cícero, pois ele ainda não é membro da Federação” disse.

“Como ele já está em processo bastante adiantado para se tornar membro de nossa entidade, ele é considerado como convidado da Federação. Indiquei os dois advogados para verificar o caso e acompanhar de perto o desenrolar do processo. Antes de tomarmos qual quer decisão, iremos esperar o resultado das investigações. Que a Justiça impere” declarou o presidente da Federação Alagoana de Kung-fu, Márcio Klécio.

José Cícero afirmou que em janeiro deste ano começou a notar o comportamento estranho do garoto. “Ele mudou o comportamento e tive várias conversas, procurando sempre orientá-lo, mas de nada adiantou. Quando falei que iria contar para a mãe dele o que estava ocorrendo, ele chorou e disse que iria mudar, que eu esquecesse tudo” falou.

Sobre a acusação do menor que foi espancado por ele, às margens do açude do Distrito Industrial, o professor explicou, que no mesmo dia, teria flagrado o menor com outro aluno no banheiro, praticando atos obscenos. “Eu tenho alunos que moram no Village Campestre e, naquele sábado, quando saímos do treino no Colégio Irene Garrido, eu acompanhei os garotos até eles atravessarem a Via Expressa, aí voltamos pela margem do açude, foi quando ele disse que estava com o nariz sangrando. Eu disse a ele que era por causa do sol forte e que ele usasse o boné. Ele limpou o sangue com a própria camisa e fomos embora. Ai eu toquei no assunto da cena que eu vira, ele chorou e me pediu para não contar nada.” disse .

Segundo o professor o menor foi para casa e contou outra versão para a mãe, o que gerou todo o problema. “Eu tenho provas que irão me inocentar, além disso a comunidade, os pais dos outros garotos estão ao meu lado, me dando apoio,” finalizou José Cícero.

O professor foi denunciado pelo pai de F. O. M., na última segunda-feira, por pedofilia, atentado violento ao pudor e agressão. O caso está sendo acompanhado pela delegacia especializada.

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