Espanha condena brasileiro a 326 anos de prisão por crimes sexuais

A Justiça espanhola condenou o brasileiro Juvenilson Dias da Silva a 326 anos de prisão, depois que o réu confessou ter cometido 19 crimes envolvendo violência sexual entre agosto de 2000 e julho de 2003 em Pozuelo, perto de Madri.

A sentença, anunciada hoje na seção quinta da Audiência Provincial de Madri, condenou o acusado, além da pena de prisão, ao pagamento de mais de US$ 700 mil de indenização às vítimas.

O tribunal considerou Silva responsável por 17 estupros e duas tentativas, oito roubos com violência sexual e intimidação e cinco delitos de lesão.

Segundo as conclusões do promotor, Juvenilson Dias abordou 19 mulheres às quais intimidou com uma faca e agrediu sexualmente, atuando sempre da mesma forma.

Em todos os casos, Silva abordou suas vítimas nas ruas e as levou a lugares afastados. Depois do estupro, ele ameaçava matar as vítimas caso gritassem denunciando sua fuga, segundo a acusação.

O promotor destacou em seu relatório final que, apesar de o acusado ter reconhecido seu delitos, a gravidade dos crimes levaram a promotoria a pedir uma punição maior que a pena máxima de 20 anos estipulada pelo Código Penal espanhol.

Todas as acusações particulares –uma delas apresentada pela Associação de Assistência a Mulheres Violentadas– foram reunidas nesta solicitação. O advogado de defesa, Eduardo Ezequiel García Peña, se opôs ao pedido e destacou a colaboração de seu cliente no processo.

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