Policial acusado de mortes e assaltos no Village Campestre

Um policial militar de nome Altair ou Aldair foi denunciado ao Núcleo de Combate ao Crime Organizado (NCCO) como chefe de um grupo de justiceiros, assaltantes e traficantes que agem no Tabuleiro do Martins. A base desse policial seria o Conjunto Village Campestre, mas sua quadrilha age em toda a região.

A identidade das testemunhas que denunciaram o policial não pode ser revelada porque estão ameaçadas; o policial tem “proteção política” forte e, de acordo com as denúncias, ele mesmo se identifica como “novo Luiz Pedro”, alusão ao deputado estadual Luiz Pedro (PMN), que esta sendo processado por crime de pistolagem e formação de quadrilha.

O PM Altair ou Aldair caiu em desgraça depois que mandou matar o irmão de um colega de farda e também tentou executar um policial civil que estava investigando seus crimes. O PM, que estaria à disposição da Assembléia Legislativa e até foi candidato a vereador em Maceió, na eleição passada, é acusado da prática de 30 assassinatos, além de assaltos, roubo de carro e tráfico de armas e de drogas.

Queima de arquivo
Dois corpos carbonizados encontrados num canavial, no Benedito Bentes, esta semana, foram identificados como dois integrantes da quadrilha comandada pelo PM Altair ou Aldair, e que foram assassinados como “queima de arquivo” – eles teriam participado do assassinato do irmão de um oficial PM que serve no 5º Batalhão.

A denúncia mais grave é que Altair ou Aldair, apesar de estar afastado de suas funções, teria sido incorporado à investigação sobre o assalto à fazenda do deputado federal Olavo Calheiros (PMDB) e teria sido ele quem “desvendou o crime”.

As denúncias foram encaminhas ao NCCO e ao comando-geral da Polícia Militar. Um irmão da vítima, que também é soldado PM, denunciou que Aldair ou Altair tentou matá-lo esta semana, enquanto tirava serviço numa viatura da PM, que faz a ronda na área em torno da agência do Banco do Brasil, no Tabuleiro.

-“Não morri porque já conheço como ele age. Ele não tem coragem de matar, mas aponta as vítimas. Eu vi quando ele passou num carro com quatro elementos olhando na minha direção. Eu pressenti o perigo e acionei o meu comando, que agiu rápido e ainda conseguimos prender dois elementos suspeitos, mas eles, claro, negaram tudo”, contou o policial.

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