Juízes federais vão ao Graciliano explicar importância da conciliação

Engajados no Movimento pela Conciliação, lançado em agosto pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), juízes federais da Seção Judiciária de Alagoas foram, na noite de terça-feira ao Conjunto Graciliano Ramos, onde se reuniram com moradores para discutir a negociação de dívidas dos mutuários. A reunião contou com a participação de três juízes federais e quatro defensores públicos federais.

O objetivo foi prestar esclarecimentos sobre o Movimento pela Conciliação e as formas de negociar a quitação de contratos habitacionais firmados com a Caixa Econômica Federal (CEF), mas cedidos à Empresa Gestora de Ativos (Emgea).

O presidente da Associação de Moradores do Graciliano Ramos, Edvaldo Aurélio dos Santos, falou da disposição de mais de 100 mutuários com contratos com a Emgea em querer negociar suas pendências. "São 129 moradores e a grande maioria quer mesmo negociar seus débitos", garantiu Edvaldo.

Após a reunião, 62 mutuários trataram logo de agendar para nos dias 4, 5 e 6 de dezembro um contato preliminar com a Emgea, para identificar seus contratos, verificar documentação e as condições de negociação de seus débitos. Foi o caso da moradora Edma Andrade. "Agendei para o dia 4, pois tenho interesse em fazer um acordo e negociar a quitação da casa", garantiu Edma.

"A Justiça Federal de Alagoas se mobiliza para o Dia Nacional de Conciliação que acontecerá no Dia da Justiça, em 8 de dezembro. Por meio do Movimento pela Conciliação, a Justiça veio até o Graciliano Ramos para mediar um consenso e evitar conflito com a Emgea", disse o juiz federal titular da 6ª Vara André Granja, que integra a comissão executiva nacional do Movimento pela Conciliação. Além de André Granja, participaram a reunião, os juízes federais Leonardo Resende e Cíntia Brunetta.

O chefe da Defensoria Pública Federal , Afonso Carlos Prado, ressaltou a importância de se prevenir e evitar litígios. "A Defensoria Pública da União oferecerá gratuitamente orientação jurídica para os moradores que não dispõem de advogado constituído", garantiu Afonso Prado.

Os mutuários terão apoio e orientação jurídica para decidir e aproveitar o momento destinado aos acordos, que serão então homologados pela Justiça Federal. Eles terão como opção dividir suas dívidas em até 60 meses, com entrada a partir de R$ 250 e taxa de juros de 8% ao ano.

O Conjunto Graciliano Ramos tem 2.084 unidades habitacionais, onde residem cerca de nove mil pessoas. O residencial foi entregue em 1992 pela Caixa Econômica Federal.

Fonte: Justiça Federal

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