Sem-terra afirmam que ocupação do Porto tem prazo indeterminado

Sionelly Leite/Alagoas24horasSionelly Leite/Alagoas24horas

Na coletiva, que acontece neste momento no Porto de Maceió, os líderes dos movimentos sem-terra que invadiram o local disseram que vão permanecer acampados até serem atendidos por representantes do Governo Federal.

Um das reivindicações – numa lista com 23 pontos de pauta – é a posse definitiva das terras da Agrisa, que – segundo os líderes do movimento – beneficiariam mais de duas mil famílias no Estado de Alagoas. Os manifestantes pedem pressa nas decisões finais do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), caso contrário, os recursos federais enviados voltarão aos cofres da União.

A data limite para que eles sejam empregados nos projetos do Incra é até o próximo dia 10 de dezembro. A decisão pelo Porto de Maceió foi tomada há três dias – conforme os líderes dos movimentos – mas foi mantida em sigilo, para que não houvesse antecipação por parte dos aparelhos de segurança do Estado.

Cerca de cinco mil sem-terra estão acampados no Porto de Maceió. “Escolhemos este local porque por aqui passa riquezas e conseqüentemente atrairemos a atenção do Governo Federal para as nossas reivindicações. Precisamos discutir com urgência os 23 pontos de pauta”, colocou o líder do MLST, Marrom.

Durante o dia de ontem, os manifestantes – que se encontravam acampados na Praça Sinimbú – decretaram a lei do silêncio e chegaram a agredir repórteres. Eles só vieram a se manifestar na manhã de hoje, na entrevista coletiva. Os trabalhadores rurais sem-terra não abrem mão de uma rodada de negociações com representantes do Incra de Brasília e do Governo Federal.

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