Caos nos aeroportos

Os passageiros que precisam voar de uma cidade para outra não mais sabem se chegam ao destino no horário previsto. Muitos estão sendo obrigados a dormir nos aeroportos e terem suas malas ou pertences desaparecidos. Instalou-se o caos nos aeroportos. A crise dos controladores de vôos, que já dura algum tempo, tinha sido prevista, só que não deram prioridade.

E por que não foi resolvida em tempo hábil? Por que não se adotaram as medidas preventivas necessárias, que evitassem tantos prejuízos para as pessoas e para as próprias companhias aéreas? Afinal, de quem é a culpa dessa crise no tráfego aéreo?

No Brasil virou moda: o caos está instalado em quase todas as áreas. O foco agora é o colapso na operação dos aeroportos. Mas é comum os motoristas que usam as estradas brasileiras terem que esperar horas e horas por um bloqueio feito pelos Sem Terra, Sem Teto e pelos índios. Na saúde, também são constantes os problemas. Quantos pacientes morrem pela demora no atendimento ou falta de leito em hospitais? Em outras áreas – como a educação, o quadro é parecido. Continuamos com um número excessivo de crianças fora da escola. Como se explica tudo isso?

Somente na quarta-feira (06 de dezembro de 2006), 400 vôos atrasaram e 122 foram cancelados em todo o país. Um grande número de pessoas perderam oportunidades, que talvez não se repitam. Compromissos, operações cirúrgicas que salvariam vidas. Até casamentos foram prejudicados pelo atraso aéreo.

Se os administradores públicos agissem preventivamente, isto é, gastassem mais tempo de trabalho pensando estrategicamente, planejando e usando a criatividade na busca das melhores soluções para os problemas, certamente, isso não ocorreria. Falta eficácia, habilidade que não é aprendida no ensino superior.

É comum reuniões de emergência, que sempre ocorrem quando um dado problema se agrava e vira uma crise. Mais fácil e eficaz seria identificar a proprável crise e se antecipar.

Uma greve pode ser identificada e evitada com negociação entre as partes. Para isto, é preciso que haja vontade e que a questão seja tratada com foco exclusivamente no problema. Se pelo menos um dos negociadores tiver a capacidade de entender o que está verdadeiramente por trás, terá grande chance de eliminar antecipadamente um provável caos.

Precisamos mudar a mentalidade e adotar uma postura pró-ativa em todos os níveis. Os cursos técnico e de nível superior, que deveriam preparar os profissionais para a vida, muitas vezes não focam pontos que são essenciais para a formação profissional.

Necessitamos, por conseguinte, de uma revisão séria nos currículos dos diversos cursos ofertados pelas universidades e faculdades do país. Se prepararmos melhor nossos alunos para que possam se tornar verdadeiros líderes com capacidade para gerenciar a si próprios e processos diversos com máxima eficácia, seremos uma outra nação.

Enquanto não tivermos pessoas realmente eficazes no exercício das diversas funções públicas ou privadas continuaremos amargando o título do “país dos caos”.

Fonte: Superintendente da SMCCU, Engenheiro Civil.

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