Representantes do Neafa concederam uma coletiva de imprensa, na tarde desta quarta-feira, 11, para esclarecer a denúncia de envolvimento de um administrador da instituição no envenenamento de vários animais, no dia 25 de dezembro de 2014.
De acordo com o advogado da instituição, Cláudio Vieira, o Neafa está à disposição da Polícia Civil para ajudar nas investigações do envenenamento que resultou na morte de 12 cães. "Lamentamos o ocorrido e estamos à disposição das autoridades para entregar todas as documentações necessárias. Inclusive, o suspeito de envenenar os animais, também está disposto a colaborar. Ele está esperando a convocação do delegado do caso e irá se apresentar quando for chamado. Ele também foi afastado até que as investigações sejam concluídas. Meu sentimento é de repúdio a tudo o que está acontecendo", disse o advogado.
Em relação a denúncia de eutanásia realizada na sede da ONG, a veterinária Evelynne Marques informou que apenas os animais com doenças terminais são sacrificados. "Em 2014, apenas dois animais precisaram ser eutanasiados. Um por ter Leishmaniose, uma doença crônica que a lei permite sacrificar o animal. O segundo caso foi um cão que sofreu um acidente e teve fratura grave com complicações nos órgãos e pele. O Neafa nasceu para suprir a lacuna deixada pelo Governo e continuamos com o mesmo espírito de cuidar e salvar vidas. Não interessa a ninguém aqui dentro tira a vida de nenhum animal. Que bom que a polícia entrou no caso, pois as ocorrências envolvendo animais não tinham a devida atenção por não ter delegacia especializada”, contou a veterinária.
Os representantes do Neafa acreditam que as denúncias de eutanásia surgiram devido à insatisfação de uma funcionária com as mudanças na ONG.
Evelynne Marques informou ainda que laudo para definir qual substância química utilizada no envenenamento dos animais ainda não saiu. No entanto, os veterinários da instituição acreditam que o veneno seria o utilizado para matar ratos devido a aparência clínica dos animais após o envenenamento. "Foram arremessadas carnes com um veneno potente e os cães comeram. Nós do Neafa somos muito unidos e mesmo sendo dia de Natal nos juntamos rapidamente e viemos para sede da instituição para iniciar o tratamento dos animais. Mas, o nosso tempo não é o mesmo deles (cães) e não conseguimos salvar todos os animais", explicou Marques.