Abre-alas da Nenê com o encontro da águia e do Baobá
Última escola a desfilar na primeira noite de desfiles do Grupo Especial de São Paulo, a Nenê de Vila Matilde apostou em um enredo afro. Mas esqueça as referências religiosas e a forração de palha. A agremiação da zona leste recorreu a muita cor e luxo para contar a história de Moçambique.
Embalados por um dos melhores sambas do Carnaval, a Nenê abriu sua apresentação com a lenda do Baobá sagrado, árvore símbolo da África. No alto do abre-alas, uma enorme águia, símbolo da escala, totalmente articulada, “voou” pela avenida.
Após apresentar as riquezas naturais de Moçambique, madeira, ouro e marfim, a escola trouxe a influência árabe no comércio do país. Mas, no terceiro setor, os portugueses que chegaram para explorar as terras africanas foram representados como demônios verdes.
A musicalidade e a vida selvagem não ficaram de fora do desfile, que ainda mostrou a descoberta de Moçambique como polo turístico e o desenvolvimento do agronegócio, que movimenta a economia local.
A escola fez uma apresentação extremamente luxuosa, com todas as fantasias e carros muito ricos e coloridos. A originalidade foi outra marca do desfile, que abusou das articulações nas alegorias. Tudo isso embalado por um samba espetacular.
