Moradores da Vila realizam ato após um ano do acidente do Motrisa

Atualmente apenas seis moradores estão vivendo na localidade de um total de 25 famílias. Eles aguardam resultado da perícia para retornarem.

João Urtiga/Alagoas24horasMoradores da Vila Nossa Senhora do Carmo espera, há um ano definição do Motrisa

Moradores da Vila Nossa Senhora do Carmo espera, há um ano definição do Motrisa

A luta dos moradores da Vila Nossa Senhora do Carmo, no Poço, ganha novos rounds na manhã desta terça-feira (7). Um ano após o acidente envolvendo um dos silos da empresa Moinho Motrisa – fábrica de alimentos localizada nas proximidades -, os antigos residentes nada possuem para comemorar.

Afastados de seus imóveis por conta do perigo de novos desabamentos, atualmente somente seis famílias de um total de 25 permanecem no lugar enquanto aguardam o resultado da perícia iniciada pela Justiça há 15 dias. O resultado deve sair no prazo de 60 dias, mas, enquanto isso, os moradores se mobilizaram na manhã de hoje em um novo ato com faixas pretas para relembrar a tragédia.

“Denunciamos aqui que a única atenção do Moinho é a de somente pagar o aluguel das famílias que estão alocadas em outra região. Não existe qualquer atenção à nossa saúde e, enquanto isso, nossas casas estão se acabando”, desabafa a comerciante Samira Lima, moradora da casa de Nº 45.

De acordo com Samira, os prejuízos que atingem os moradores ao longo desse tempo vão desde questões financeiras como aquelas que envolvem a saúde. A moradora, por exemplo, afirma estar tendo despesas ao pagar um psicólogo que até então não precisava.

“Por conta desse acidente do Moinho faço um tratamento psicológico. Moro com minha mãe de 70 anos e não recebo nenhuma assistência nesse sentido”, revela.

Com o avanço do tempo, novas rachaduras, infiltrações e desabamentos de algumas telhas passam a ocorrer nas casas “abandonadas” e o prejuízo final acaba se tornando maior do que o iniciado com a queda de um dos silos da empresa.

“Minha gente, as casas estão se acabando, isso é um absurdo, e não podemos fazer nada. Comprei material para reformar, mas o pedreiro sequer pode tocar nela por conta da perícia que não foi concluída”, complementa.

Sem poder dar manutenção adequada, a moradora revela que já teve um gasto de R$ 15 mil somente nesse período em que a casa está fechada.

Enquanto a perícia estrutural da Justiça não apresenta um laudo, os três silos da empresa localizado nas proximidades estão vazios. Mesmo assim, cerca de 50 metros de concreto estão com diversas rachaduras, o que causa temor permanente entre os moradores.

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