André Villas-Boas é o nome que surge nos corredores do São Paulo pelo menos desde 2012 quando aparece a oportunidade de um novo técnico ser contratado.
À época sem clube após ser demitido pelo Chelsea, ele chegou a negociar para assumir o time do Morumbi no lugar de Emerson Leão, porém não se acertou e depois foi para o Tottenham.
Um sonho de consumo da diretoria de Juvenal Juvêncio e novamente agora com os cardeais de Carlos Miguel Aidar. Na última segunda-feira, após a saída de Muricy Ramalho, o vice-presidente de futebol, Ataíde Gil Guerreiro, afirmou ter entrado em contato com um treinador europeu, mas que a possibilidade de contratá-lo já fora descartada.
“O estrangeiro que eu queria trazer, um europeu, não vai poder vir. Meu projeto foi por água abaixo. Nossa solução está no mercado brasileiro”, afirmou o dirigente tricolor, sem citar quem seria esse treinador. O português Villas-Boas, então, apareceu como o mais forte candidato a ter rejeitado a aproximação.
Aos 37 anos, o ex-técnico de Porto, Chelsea e Tottenham é um dos mais valorizados do futebol europeu, mas hoje está muito bem na Rússia à frente do Zenit: lidera o campeonato nacional com oito pontos de vantagem para o CSKA Moscou, a quem venceu no último domingo por 2 a 1, e está nas quartas de final da Liga Europa, onde enfrentará o atual campeão, Sevilla.
André Villas-Boas assumiu a equipe de São Petesburgo em março de 2014 com um contrato válido por duas temporadas. E esse é um belo entrave para o São Paulo: ele é um dos dez técnicos mais bem pagos do mundo, com salário anual de 8,5 milhões de euros (R$ 28,9 milhões), o equivalente a quase cinco Muricys.
Segundo a Pluri Consultoria, o técnico tricampeão brasileiro recebia do agora ex-clube R$ 500 mil por mês, ou R$ 6 milhões anualmente.
Por enquanto, o eterno auxiliar e olheiro Milton Cruz comandará interinamente o São Paulo até que um novo treinador seja contratado.