Perícia da Força Nacional reconstitui morte de agente penitenciário

Testemunha pode derrubar versão apresentada por militares

bope2Os peritos criminais da Força Nacional realizam, na tarde desta sexta-feira, 12, a reconstituição dos fatos que antecederam a morte do agente penitenciário Joab Nascimento de Araújo Júnior, de 30 anos. Ele foi baleado dentro de um bar no Centro de Maceió por policiais militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e acabou morrendo, horas depois, no Hospital Geral do Estado (HGE).

Durante a reprodução simulada realizada nesta tarde, os peritos analisam os detalhes do caso repassados por testemunhas. Em seguida, os quatro militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) envolvidos no homicídio também irão fornecer suas versões sobre o fato. Informações colhidas no local dão conta que há uma testemunha-chave que pode “derrubar a versão dos militares”, disse a família.

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O pai da vítima, sargento Joab Nascimento de Araújo, acompanha o trabalho dos peritos da Força Nacional e conta à imprensa que acredita que a Justiça será feita. “Estou acompanhando o processo com dor no coração, mas acredito que a Justiça daqui da terra será feita. Falei com o cabo responsável por atirar em meu filho e disse a ele que tinha levado um pedaço de mim e de minha esposa. Sou policial e já resolvi várias situações na rua sem precisar matar ninguém. Não se pode matar para depois identificar. Não é isto que nos ensinam na Academia de Polícia”, disse Joab Nascimento.

A investigação sobre as circunstâncias da morte do agente mobilizou ainda representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários (Sindapen) e parentes da soldado Izabelle Pereira, morta ao ser atingida por uma rajada de submetralhadora quando realizava rondas com a guarnição no Sítio São Jorge, em Maceió.

familiaresSegundo a irmã da soldado, Ingrid Pereira, a família da policial militar resolveu acompanhar a reprodução para prestar solidariedade aos parentes do agente penitenciário. “Estamos aqui para que mais um crime não fique sem punição. Conheço o Joab e sei que ele como filho de militar não reagiria a uma ação do Bope. Tenho amigos na PM, mas sei que muitos são desqualificados”, disse a irmã de Izabelle, Ingrid Pereira.

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