A presidente da República, Dilma Rousseff, cancelou ida à Grécia para o acendimento da tocha olímpica, em 21 de abril, revelou o comitê grego (HOC), nesta sexta-feira.
Em entrevista ao site especializado em Olimpíada Around The Rings, o presidente do HOC, Spyros Capralos, disse que a embaixada não deu “razões específicas” para a ausência da presidente brasileira.
No entanto, o clima político no Brasil explica o cancelamento: ainda em abril, deve acontecer a votação do pedido de abertura do processo de impeachment de Dilma pelo plenário da Câmara dos Deputados.
Em contato com o ESPN.com.br, a assessoria de imprensa do governo federal disse que nunca houve uma confirmação de que ela iria. “Não é uma coisa tradicional de chefe de Estado ir nessa cerimônia. Agora, efetivamente, ela não vai”.
Na última quarta, o Comitê Olímpico Grego divulgou os detalhes da cerimônia que antecede os Jogos do Rio de Janeiro, entre 5 e 21 de agosto.
A chama será acesa na casa dos Jogos Olímpicos, a cidade de Olímpia, em 21 de abril. Após seis dias na Grécia, o fogo será entregue ao Comitê de Organização do Rio no Estádio Panatenaico, símbolo dos jogos clássicos.
A atriz grega Katerina Lehou será novamente a alta sacerdotisa, responsável por acender a pira olímpica. A organização revelou também que já foi selecionada a pessoa que representará os refugiados na passagem da tocha.
Apesar de não poder revelar o nome, Spyros Kapralos afirmou ser um refugiado das atrocidades na Síria que tem asilo na Grécia.