Moradores da localidade conhecida como Beco da Anastácia, às margens da Lagoa Manguaba, em Marechal Deodoro deram início nessa terça-feira (10) a uma ocupação no prédio da Prefeitura na BR 424, que dá acesso ao polo industrial José Aprígio Vilela.
Os manifestantes reivindicam mais de 1.700 unidades habitacionais dos conjuntos Erick Ferraz e Girlene Mateus, que estão prontas há mais de um ano e que ainda não foram entregues. Os manifestantes exigem da Prefeitura de Marechal, por meio da Secretaria de Assistência Social, a entrega das residências às famílias cadastradas.
Segundo o líder comunitário Edeilton da Silva Lima, as famílias estão em situação de vulnerabilidade social, uma vez que a prefeitura não estaria repassando a ajuda de custo prometida (um espécie de aluguel social), além de cestas básicas, que não estão sendo fornecidas há três meses.
Ainda de acordo com Lima, os residenciais já foram invadidos e posteriormente desocupados por força de decisão judicial, mas as famílias cadastradas não receberam as chaves. A prefeitura também não teria estabelecido um cronograma de entrega, preocupando dos beneficiados.
Em entrevista à reportagem do Alagoas 24 horas, Edeilton disse que a ocupação deverá perdurar pelos próximos três dias ou até que a prefeitura dê um posicionamento oficial.
A secretária de Assistência Social de Marechal, Yolanda Alcântara, informou que os habitacionais seguem o cronograma estabelecido. O primeiro residencial a ser entregue será o Girlene Mateus, que está na fase de análise de documentação pelo Banco do Brasil. Quanto ao Erick Ferraz, a construtora inicialmente contratada decretou falência e uma nova empresa deverá ser licitada para dar prosseguimento à obra, que é realizada em parceria com a Caixa Econômica Federal.
Quanto às cestas básicas, a secretária confirmou que o contrato se encerrou em dezembro do ano passado e uma nova licitação está em andamento para assegurar a retomada da concessão das cestas. A secretária disse, ainda, que a comunidade é prioridade para a gestão uma vez que as famílias vivem há mais de 30 anos em condições insalubres.
Protesto
No início da tarde, um grupo de manifestantes bloqueou as rodovias que dão acesso ao município de Marechal Deodoro, a exemplo da AL 215. O grupo promete que manterá o bloqueio até que a prefeitura entregue as chaves das casas do conjunto Girlene Mateus.
