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Valderi Melo

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2014 está mais perto do que se possa imaginar

O fato de Alagoas ter na disputa de 2014 apenas uma vaga para o Senado é a principal razão para a antecipação do palanque eleitoral já agora em março em 2013, por parte do senador Fernando Collor (PTB). De olho na renovação de seu mandato em 2014 e já sabendo que terá como principal oponente o atual governador Teotonio Vilela Filho – fala-se em outros nomes, como o da vereadora Heloísa Helena, ainda no PSOL – Collor lançou-se numa estratégia de bater diretamente no atual chefe do Executivo alagoano para se credenciar junto aos eleitores.

E o ex-presidente e homem forte do PTB em Alagoas não poupa ataques contra Téo, a quem chama de ‘governador covarde’ ‘fraco’, entre outros adjetivos. Ao antecipar a campanha de 2014 agora para 2013, Fernando Collor adota essa posição por saber que diferentemente da disputa na eleição de 2006 quando se elegeu senador em apenas 28 dias de campanha, a luta será maior no ano que vem.

Naquela época, Collor se aproveitou da ‘soberba’ que tomou conta do ex-governador Ronaldo Lessa (ex-PSB e hoje PDT), então postulante ao cargo de senador e líder nas pesquisas que achando que já tinha vencido a eleição reduziu o ritmo de campanha e quando percebeu já tinha perdido a disputa para o ex-presidente, que assim voltou a exercer um cargo público depois de 14 anos do processo de impeachment a que foi submetido na presidência da República.

Outro ingrediente que contribui para essa antecipação no embate eleitoral entre Collor e Vilela pela única vaga de senador, é o fato de o ex-presidente ter fôlego curto para campanhas mais longas e não ter mais como usar o ‘fator surpresa’ como fez em 2006 e derrotou Lessa.

O exemplo aconteceu justamente na eleição de 2010 quando Collor resolveu disputar o governo do Estado enfrentando o atual chefe do Executivo e o próprio Lessa. Collor saiu na frente nas pesquisas iniciais, mas durante o decorrer da campanha seu percentual de votos foi minguando e ele terminou o primeiro turno em terceiro lugar, através de Lessa (2º mais votado) e Teotonio Vilela (o primeiro mais votado).

Collor tem um eleitorado fiel, mas que envelheceu nos últimos anos. Seu percentual de votos chega a pelo menos 30% do eleitorado alagoano, mas o que não lhe garante um novo mandato no Senado em 2014, e ele precisaria ampliar esse número, para enfrentar de igual para igual o atual governador na briga que se avizinha. Por outro lado, o ex-presidente tem um percentual de rejeição muito alto entre aqueles eleitores que na época do impeachment foram às ruas pedir sua saída da presidência.

Esses eleitores na época com 18, 20 anos, hoje estão na faixa etária de 40 anos e muito poucos deles podem ter mudado o pensamento em relação a Collor e passado a votar nele. Como político experiente e bom de briga, sabedor da dureza que será a disputa contra Vilela em 2014, Collor pode ter resolvido antecipar os ataques que seriam guardados para o próximo ano logo agora para 2013 como forma de tentar minar entre os eleitores alagoanos o apoio que o tucano ainda possui. E Téo que se prepare, pois a briga parece que será dura.

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