Luis Vilar
Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.
O ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) volta de Brasília com a certeza de que bateu o martelo. Em entrevista à Rádio Gazeta, o líder estadual do PDT disse que falta “quase nada” para sair candidato ao Governo do Estado no pleito deste ano, abandonando assim o “sonho” de ir ao Senado Federal. Lessa diz que cede atendendo a um pedido do presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT).
Para Lessa, apenas dois pontos precisam ser decididos agora:
1) De acordo com o ex-governador, a vez é do prefeito Cícero Almeida. Então, primeiro uma reunião com o prefeito para sacramentar a reunião em Brasília.
2) A necessidade da consolidação da frente para apoiar seu nome. A frente que Ronaldo Lessa fala é o “chapão”, que reúne os partidos que estão na base aliada do presidente Lula – com exceção do PSB, que na Terra dos Marechais marcha com os tucanos – mais o Partido Verde e outras agremiações.
O “chapão” encontra um problema sério para se solidificar: os interesses individuais que permeiam a disputa para o Senado Federal. É muito cacique para pouco índio. Caso Lessa vá para o Governo do Estado, ficam para disputar o Senado, Renan Calheiros (PMDB), Benedito de Lira (PP), José Pinto de Luna (PT) e Eduardo Bonfim (PCdoB).
Do lado do PMDB, era tudo o que Renan Calheiros queria: eliminar adversários ainda no tapetão, já que são duas vagas, mas uma se encaminha para o “colo” de Heloísa Helena (PSOL), conforme recentes pesquisas. Mas, Lessa cobra sacrifícios também dos integrantes do chapão. Avisa Lessa que é necessário colocar um projeto acima dos interesses individuais. Quem serão os beneficiários deste projeto? Caberá ao eleitor responder.
Ronaldo Lessa agora espera a benção de Cícero Almeida. Além de “ceder a vez”, Almeida deve ainda apoiá-lo em palanque. O que credencia Almeida? Para Ronaldo Lessa são as pesquisas. Apesar da reunião com Lula, ainda há muita coisa água para passar por baixo da ponte que interliga os membros do chapão. Há quem diga que ainda não há “favas contadas”.
No Palácio República dos Palmares, o candidato posto e natural – já que tem direito a reeleição – Teotonio Vilela Filho (PSDB) fala muito pouco em eleição. Quem mais fala é o ouvidor-geral Claudionor Araújo, mas representando o ninho tucano. Aguarda-se a definição do chapão. A pergunta que deve pairar é: “Qual seria o melhor embate: Ronaldo Lessa e Cícero Almeida?”.
PS: Algumas pessoas reclaram – e com razão – da demora para liberação de comentários. Caros amigos, não tive tempo de liberá-los no fim de semana. Faço hoje. Peço desculpas e compreensão. Os que não foram liberados, não se enquadraram no que determina as condições impostas pelo site.
Abraços
Luis Vilar