Luis Vilar
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O “racha” no PSB – que é um dos principais partidos de sustentação do Governo Federal do presidente Luis Inácio Lula da Silva – mostra uma realidade brasileira que a fidelidade partidária não conseguiu corrigir. As siglas, que deveriam significar mobilização da sociedade civil organizada em torno de ideologias, são meros aglomerados, em alguns casos de quadrilheiros e surrupiadores do dinheiro público.
Não digo que este seja o caso do partido socialista que fez história em Alagoas – ainda que dentro de uma conjuntura esquerdista duvidosa comandada pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) – chegando a apontar para “novos horizontes”, que mais tarde, como prova o curso da política da Terra dos Marechais, não passaram de ouro de tolo. Porém, o racha do PSB também representa a completa acefalia dos partidos políticos, o fisiologismo, os interesses pessoais dos ditos caciques e ausência de compromisso com estatutos.
Existem partidos que sequer possuem estatutos. São cópias de outros estatutos, que por sua vez já foram copiados de algum outro lugar. O PMDB em Alagoas é digno de risos, comandado sob a tutela do coronelismo. O PT virou sinônimo de fisiologismo. Isto sem falar nos partidos que apontam lista de filiados que mais parecem uma ficha criminal. Estas agremiações não fariam inveja a nenhum catálogo de presos de penitenciárias. Aliás, fazem até concorrência.
Na “casa” dos sem causas, encontramos até políticos que falam abertamente em encontros partidários: “preciso do mandato, para não ter que enfrentar a Justiça”. Assim, os partidos abrigam homicidas, larápios, pedófilos, covardes, preguiçosos e todos mais representantes das mazelas e vícios humanos. Aos piores das espécies ali aglutinadas, cabem às presidências e os cargos de dirigentes. Estes tomam o partido político para si e vira negociata em pleito eleitoral. Siglas de aluguel, como ocorreu com o “nanico” PMN, que aqui em Alagoas – durante muitos anos – era sinônimo de gigante nas mãos dos “titãs acima do bem e do mal”.