Muito se canta aos quatro ventos sobre a “tal Felicidade” -afinal, não seria ela um dos objetivos a ser alcançado por nós, seres humanos ? Acontece que, com o passar dos anos, vamos ressignificando nossos valores e objetivos e em certo momento somos confrontados com alguns dilemas, como por exemplo: . . -Se tivesse de...
Muito se canta aos quatro ventos sobre a “tal Felicidade” -afinal, não seria ela um dos objetivos a ser alcançado por nós, seres humanos ?
Acontece que, com o passar dos anos, vamos ressignificando nossos valores e objetivos e em certo momento somos confrontados com alguns dilemas, como por exemplo:
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-Se tivesse de escolher entre ter Felicidade e ter Paz, qual você escolheria?
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Ultimamente tenho feito essa pergunta a vários amigos como provocação filosófica ou mesmo como uma pergunta boba no meio de uma prosa despretenciosa.
A resposta unânime que ouço vem quase num suspiro: “Paz, é lógico”; contrariando o imaginário popular que colocaria a Felicidade como a grande conquista a ser alcançada.
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Pois é, parece que a Felicidade leva a fama, mas quem está batendo um bolão é a sua prima menos cobiçada.
Você deve estar se perguntando se ambas não seriam partes de um mesmo contexto ou mesmo dependentes entre si. Mas, isso não é verdade. A Felicidade muitas vezes nos tira a paz com seus picos de euforia e bem estar -o fato é que, quando experimentarmos momentos de Felicidade, já começamos a perder um pouco de Paz apenas pelo temor justificável de sua inevitável perda.
Você já se perguntou se à essa altura do campeonato preferiria a emocionante Montanha Russa ou o pacato Barquinho do Amor num parque de diversões?
Pois bem, abriria mão de um tiquinho de felicidade por um tantinho de paz. Se é preguiça ou sabedoria eu não sei, o fato é que a paz, hoje em dia, me apetece bem mais, trazendo consigo a serenidade dos pensamentos e leveza das sensações.
O ideal mesmo seria ter as duas, mas em caso de escolha, diria prontamente parafraseando o poetinha Vinicius:
“Me perdoem os felizes, mas ter paz é fundamental”.