Luis Vilar
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Vá ao Google e procure o vídeo A História das Coisas. Você não vai se arrepender. É um pequeno documentário – de cerca de 20 minutos – que explica o sistema linear de produção que construímos desde o fim da Segunda Guerra Mundial e o peso dos conceitos como obsolescência programa e os estudos para que possamos produzir “lixo e consumo” no ritmo frenético exigido pelo capitalismo que entrou em crise.
A crise é mais que um problema do “mercado financeiro”, mas sim uma falência de paradigma que absorvemos como natural. Tão natural quanto a lei da gravidade que nos é imposta. Porém, é inatural, cruel e selvagem. O conceito de felicidade e consumo desenfreado são entrelaçados de forma simples, direta e de impacto em História das Coisas. Não é um documentário que mude visões, mas que “abre os olhos”. Que os professores de História, Geografia e outras disciplinas possam ampliar tais discussões em sala de aula.
Não dá para discutir a crise na superficialidade. Bombardeiam-nos com os efeitos que atingem diretamente a classe média, pois é a postura previsível de uma imprensa “pequeno burguesa”, mas não apontam as causas, as análises e o quão próximo estamos perto de uma falência. Falência em seu conceito mais amplo e irrestrito. O epicurismo consumista nos impõe uma ciranda. Saímos de casa para o trabalho, para termos dinheiro, para chegarmos a casa, ligarmos à televisão e apreendermos o que é nossa felicidade e então sairmos às compras e voltarmos para casa, dormirmos, e irmos ao trabalho…
Tempo para relações mais profundas e reflexões sobre a nossa própria existência e nosso papel? Para que? Obsolescência programada, caro amigo! Acesse a História das Coisas. Você não vai se arrepender. Pode até se abater, mas não se arrepender. Vai ver que temos responsabilidades a assumir e que podemos sim – por menor que seja – fazer nossa parte. São só 20 minutos.
Um documentário preciso com um passo a passo da exploração dos recursos naturais, passando pelo produto manufaturado, a compra e o descarte, até chegar ao Lixão, aterro sanitário, incinerações, enfim. A linguagem é simples e longe do estilo “BBC de ser”. Aqui vai o link: http://video.google.com/videoplay?docid=-7568664880564855303