A maré e o vice-governador

Se a maré não arrastou os tantos problemas da política sertaneja, o promotor eleitoral da 46ª Zona Eleitoral, José Alves de Oliveira Neto, está preocupado com um elemento considerado de paz, mas tão poderoso em Alagoas como a Muralha da China. O vice-governador José Wanderley Neto (PMDB).
Seria algum escândalo político? Alguma estratégia desconhecida? Nada disso. Wanderley tem atuação bastante elogiada pelo promotor, porém, carrega um problema: o cargo. Explica-se.
O promotor quer tropas federais para Cacimbinhas, terra-natal do vice-governador. O pedido foi recusado pelo TRE. O porquê? A influência política na eleição para o irmão e o sobrinho de Neto pode ajudar o “dono da casa”: Wanderley Neto.
“Só e tão só [pedem-se as tropas] pelo cargo que ocupa e honra, naturalmente já infunde certo abrandamento da atuação policial, que se pode comparar ao chamado temor reverencial que norteia a atuação policial em Minador do Negrão, situação irrefutável e que poderá perturbar o bom andamento das eleições vindouras”.
Dilema de vice-governador? Ter parentes candidatos e subir no palanque, para pedir voto e separar, quem sabe, mostrar que ali não é o vice quem está ali…