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Ana Cláudia Laurindo*
A população de Matriz de Camaragibe respira ares de uma pseudo-paz noturna, e agradece! Embevecida pelo silêncio noite adentro, onde outrora grupos de jovens e adolescentes faziam algazarra e expressavam em desatinos o vazio cultural, existencial e a ausência de perspectiva de futuro.
Silenciados pela lei, a noite cobre com seu manto de boas intenções o transbordar do abandono que sofre aquela parcela populacional, por parte das gestões públicas que se sucedem, encarrilhadas como vagões de trem, levando o desenvolvimento para lugar nenhum.
A parvoíce dos que promovem a opressão como forma de solução imediata, acirra a cegueira de quem precisa despertar, mobilizar, lutar por uma sociedade livre, distante das determinações oligárquicas que predestinou a Região Norte de Alagoas a ser um curral eleitoral eterno.
O despreparo e o descompromisso social de muitos condutores e representantes do poder instituído, cai sobre a cidade como uma bomba de efeito moral, intimidando o debate. A truculência de algumas autoridades no trato com as vítimas sobressai. Quando nossas instituições públicas compreenderão que são pagas pelo povo, para servir aos interesses legítimos desse patrão despossuído?
Espaço profícuo para o registro científico do rastro do mando naquelas plagas, Matriz de Camaragibe precisa ser observada, estudada, registrada, pela relevância de possessões e anomalias instituídas pelas mentalidades antigas, interpretando o povo como “bandido” e os corruptos entronados como “heróis”!
Louvo Mercedes Sosa repetindo um refrão de “Só peço a Deus”: Eu só peço a Deus/ que a mentira não me seja indiferente/ se um só ditador tem mais poder que um povo/ que esse povo não o esqueça facilmente!

* Sociológa e Mestra em Educação

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