Estamos nesse momento num dilema vital para nós, terráqueos, brasileiros, alagoanos e maceioenses: o que fazer nos próximos dias? Recolhemo-nos ou trabalhamos ? Se você tem a resposta na ponta da língua, então provavelmente você está errado -ou parcialmente errado, para ser mais exato. Trata-se de uma decisão que ninguém, repito, ninguém sabe ao certo....
Estamos nesse momento num dilema vital para nós, terráqueos, brasileiros, alagoanos e maceioenses: o que fazer nos próximos dias? Recolhemo-nos ou trabalhamos ? Se você tem a resposta na ponta da língua, então provavelmente você está errado -ou parcialmente errado, para ser mais exato. Trata-se de uma decisão que ninguém, repito, ninguém sabe ao certo.
Se você tem sua renda garantida sem sair de casa e acha que devemos permanecer reclusos o tempo que for, sua opinião não é válida. É bem provável que ela esteja carregada da crença que todo mundo vive como você. Pode também está sendo profundamente egoísta ou até ingênuo, do tipo que acredita que para resolver o problema econômico do Brasil basta imprimir mais dinheiro.
Mas, se você é daqueles que para jantar precisa vender o almoço -seja grande ou pequeno- provavelmente está relevando e atenuando a gravidade do potencial deste vírus, usando o justíssimo argumento do fator econômico para justificar o risco de uma tragédia sanitária em escala global.
A verdade é que nunca a expressão “se correr o bicho pega e se ficar o bicho come” foi tão adequada como nesse momento -a diferença é que, se ficar, o bicho homem não come. Passa fome.
Sabemos que cada lado tem seus argumentos fortíssimos e bem fundamentados. Porém, não podemos jamais cair na armadilha de acreditar que o outro lado é ingênuo ou desumano por não ter a mesma opinião que você. Vemos constantemente esse tipo de comportamento tanto de longe na imprensa, quanto de perto nas nossas redes sociais. Tenho visto muitas discussões acaloradas entre gente próxima: já vi um acusando o outro de não “ser cristão”, por defender o legítimo direito de voltarmos a trabalhar, com ressalvas, para garantir o sustento; bem como outro debochando o “privilégio” do que propõe ficar em casa com a família, por ter o salário de servidor público garantido.
Não há, portanto, respostas fáceis e rápidas. Os dois lados estão certos. Os dois lados estão errados. Eu mesmo quero trabalhar e também quero permanecer saudável e cuidar da minha família. Dá para se ter os dois? Não sei, me diga você. Mas, provavelmente você estará mezzo certo e mezzo errado.