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Luis Vilar

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

A resposta de Régis

O secretário de Trabalho, Régis Cavalcante, entrou em contato com este blogueiro. Pertinente em seus questionamentos e aberto ao debate político. Cavalcante destacou o papel deste blog como ferramenta no debate no campo democrático das idéias. Desde já, agradeço sinceramente. Acredito nisto, e por esta razão procuro manter este espaço com total decência, democracia e sem puxar sardinha para o lado de ninguém, ou recheá-lo de denúncias infundadas…

Pois bem, mas vamos aos fatos. Régis Cavalcante quis esclarecer em primeiro lugar a saída da secretária municipal de Educação de Maceió, quando fez parte da administração de Cícero Almeida (PP) e – durante muito tempo – foi um dos principais homens do prefeito. A discussão veio à tona em um recente encontro entre Cavalcante e Almeida, onde o prefeito tentou apertar a mão do secretário do Trabalho e recebeu como resposta um sonoro e irônico: “Vai apertar mão de ladrão Almeida?”.

A coluna destacou a saída de Régis Cavalcante da administração municipal. O secretário de Trabalho diz que não foi exonerado, mas pediu sua saída da pasta no dia 30 de março de 2006, inclusive ficando no lugar um secretário indicado pelo PPS. Régis Cavalcante disse ainda que não saiu sob uma avalanche de denúncias, mas que assim aparentou porque o prefeito Cícero Almeida não teve coragem de sustentar uma gestão de Educação séria no município.

As denúncias que o blog expôs são referentes às “merendas escolares” fornecidas pela SP Alimentos, que foi objeto de várias matérias veiculadas pela imprensa local. Enfim, Régis Cavalcante expõe que mesmo depois de sua saída a Prefeitura Municipal continuou pagando a empresa de alimentação, o que comprova ausência de irregularidades. Cícero Almeida por sua vez – em recente conversa com este blogueiro – disse que há suspeita de irregularidades sim, mas que não culpa Régis Cavalcante diretamente por isto.

Almeida falou: “às vezes nós temos assessores que não possuem os mesmos compromissos que nós. Acho que aconteceu isto”, ao se referir ao caso e tentar esclarecer que nunca chamou Régis Cavalcante de “ladrão”. Pois bem, esclarecido então como se deu a saída de Cavalcante da pasta. Por fim, um último comentário do secretário de Trabalho que aqui transcrevo porque achei pertinente e me levou também à reflexão.

Desde que este espaço foi criado, nunca censurei ou deixei de publicar nenhum comentário, inclusive aqueles que em posts passados me atiravam pedras – como quando critiquei veementemente a Prefeitura de Maceió por ter dado a um prédio o nome do próprio prefeito. Fiz isto por achar que a liberdade de expressão é fundamental para enriquecer uma discussão.

Régis Cavalcante e eu debatemos o limite desta liberdade de expressão por conta de um comentário anônimo que surgiu sob a assinatura de José Metralhador da Polis do Brasil. O “comentarista” chama Régis de “sem palavra” em uma de suas passagens. Concordo com o secretário quando ele diz que isto foge à discussão política e democrática. “Estou aberto à discussão, Vilar. O Torquato, que também comentou o post foi muito feliz em sua colocação, mas este outro comentário não. Não escondo nada e acho essencial o espaço democrático dos blogs para o debate, principalmente quando levados com responsabilidade. No campo democrático quero receber críticas sim, mas não há como responder coisas neste nível pessoal”, colocou.

“Quero debater”, finalizou ainda o secretário, disposto a esclarecer a questão da Secretaria Municipal de Educação. Pois bem, independente da versão que se dê ao episódio da pasta que era ocupada por Régis Cavalcante, nunca quis atribuir culpa a ninguém. Não cabe a mim o julgamento. Porém, o registro de um fato, como o fiz…

No entanto, a discussão com Cavalcante me fez tomar uma decisão em relação à manutenção deste espaço. Continuarei sem censurar, mas desde que estejam os comentários devidamente assinados e com e-mails. Quem tem algo a dizer que não se esconda, assim como eu não me escondo deixando minha face à mostra, seja “aos beijos”, ou “às pancadas”.

Quanto ao espaço da discussão, ele é válido…

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