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Luis Vilar

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As ranhuras na imagem do vereador eleito Nery Almeida (PV) ainda podem resvalar no familiar e prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP). Não se trata do prefeito ter que responder por acusações de crime eleitoral. Longe disto! O resvalar pode ser meramente político. Almeida confiava que o sobrinho pudesse ter – como ainda pode – uma efetiva participação na Câmara Municipal de Vereadores, ocupando quem sabe um cargo na Mesa Diretora.

Cícero Almeida queria inclusive isto: Nery Almeida na Mesa Diretora da Câmara Municipal de Maceió. Como se sabe, as investigações que acusam o vereador eleito de compra de votos ainda estão em andamento e – é claro – pela presunção da inocência, Nery Almeida pode não ser culpado e assim ser inocentado das acusações pelas mãos da Justiça. Mas, em se tratando de política, fez-se um fato que ainda há de ser muito explorado por opositores.

Por incrível que pareça, apesar de ser a mesma acusação, ela pesa mais em Nery Almeida do que – necessariamente – em Dino Júnior (PCdoB). Não que tenha querido isto a Polícia Federal, mas sim pela posição do parente do prefeito no “xadrez político”. Há quem diga nos bastidores que a ausência do nome de Nery Almeida na composição para a Mesa Diretora tenha inclusive desagradado o prefeito. Será?

Mas, para além das fronteiras da Câmara Municipal, caso se aprofunde investigações sobre Nery Almeida e os adversários do prefeito se animem, não tardará a surgir ligações, ou até mesmo “ilações”. Quem sabe? A política é perversa e feito nuvem: em um instante uma forma e um lugar; noutro, tudo diferente. Um “passarinho verde” – destes que sempre possui interesses não tão sinceros, nem tão preocupados com a sociedade – já anda espalhando que a campanha de Nery Almeida foi bancada por “laranjas”.

Maldade pura ou meia verdade? Ora, o delegado Delano Cerqueira frisou que investigará a origem do dinheiro usado por Nery Almeida em sua campanha eleitoral, que foi visivelmente notada, com muito material de campanha, faixas, presença ostensiva… Há de se concordar que tudo isto custa dinheiro e que Nery Almeida, antes de ser candidato a vereador, era quem mesmo? Bem, o amigo dos pobres (paga alguns) e um homem nos bastidores da Prefeitura Municipal de Maceió (para outros). Ou, alguém que dentro de uma campanha que conseguiu colar sua imagem a do prefeito e tirar o maior lucro disto. Ou, alguém que simplesmente comprou votos, como acusa a Polícia Federal.

Quanto aos números de Nery Almeida? Bem, eles são impressionantes para um vereador iniciante. Eleito com mais de cinco mil votos, Nerigleykson de Paiva Melo – que sequer tem Almeida no nome – disse ao Tribunal Superior Eleitoral não ter bens a declarar. Agora cabe à Justiça avaliar o material recolhido pela Polícia Federal e decidir se Nery Almeida é inocente ou não. Quanto à perda de capital político, esta começa desde a primeira manchete de jornal, lá no dia 3 de outubro…

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