Dentre tantas analogias que fazemos sobre a vida, podemos somar mais esta: . A vida é como uma viagem de carro que pode ser feita de várias maneiras, a depender da etapa em que estamos. . Na partida, somos como crianças no banco de trás, despreocupados com o trajeto, com o combustível, com os outros...
Dentre tantas analogias que fazemos sobre a vida, podemos somar mais esta:
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A vida é como uma viagem de carro que pode ser feita de várias maneiras, a depender da etapa em que estamos.
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Na partida, somos como crianças no banco de trás, despreocupados com o trajeto, com o combustível, com os outros carros e com os eventuais percalços da viagem. Vamos lendo gibis, mexendo no celular, cochilando ou mesmo brigando e brincando com os demais passageiros.
Em seguida, vem a fase onde assumimos o protagonismo, o volante e os riscos. Mãos firmes na direção , olhos atentos na estrada e uma bela lista de planejamentos e providências que minimizem os riscos e otimizem a longa viagem. Geralmente esta é a fase mais longa e estressante de todas.
Após esta fase, embora nem sempre consigamos, o desejo passa a ser de contratar um motorista, sentar no banco do passageiro, abaixar o vidro, ligar o som numa bela playlist, e não olhar mais tanto para frente, mas sim para os lados, para baixo, para cima, para dentro, para fora…
A viagem em si passa a importar mais que todo o resto, assim como as paradas passam a ser mais longas e a velocidade, bem, a velocidade oscila constantemente —rápida nos trechos chatos e devagar nos momentos bons e contemplativos.
Confesso que recentemente baixei os vidros e pus uma bela playlist. Ainda tenho o volante nas mãos e não consegui (ainda) tirar o olhos da estrada à frente. Mas, já tenho ao menos a intenção.
Quem sabe daqui a alguns quilômetros?