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Valderi Melo

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A vitória de Renan e a derrota da grande imprensa

Agência SenadoRenan enfrentou a grande mídia nacional para vencer no Senado mais uma vez

Renan enfrentou a grande mídia nacional para vencer no Senado mais uma vez

A vitória do senador Renan Calheiros (PMDB) na eleição para presidente do Senado, realizada nesta sexta-feira, 1º, desagrada a grande imprensa nacional, que tentou através de meios escusos, inviabilizar a candidatura do senador alagoano, por meio de matérias requentadas e até mesmo por meio do uso de políticos sem expressão e que gostam de jogar para a plateia. Tentaram, mas não conseguiram. Renan venceu e com maioria folgada.

A eleição para presidente do Senado por si tinha como pano de fundo a disputa pelo poder. E claro seria muito a grande mídia nacional ter que engolir mais uma vez a vitória de Renan para presidência do Senado. Em grande parte, senadores e deputados federais enfrentam processos na esfera judicial e não é somente o senador Renan, mas alguns que posam de ‘vestais’ da moralidade, a exemplo do senador Cristovam Buarque (PDT-DF).

Ex-governador do Distrito Federal, Buarque enfrenta processos na Justiça por conta de ações em sua gestão. Mas no plenário do Senado, o nobre senador é defensor da ética e da moralidade, como tantos outros que apenas jogam para a plateia. O próprio senador Pedro Taques (PDT-MT), adversário de Renan na eleição desta sexta – foi acusado de envolvimento com a ‘máfia dos combustíveis’ em seu estado quando procurador da República.

Até ai tudo bem. Para a grande imprensa do Sul que tentou desestabilizar a candidatura de Renan, denúncias envolvendo seus opositores não têm nenhum valor. Todos são limpos, somente o senador alagoano seria sujo. Interessante também perceber que partidos da base aliada do governo federal, como o PSB, se aliar ao PSDB do ex-rei Fernando Henrique para chegar ao poder no Senado através do candidato do PDT. Seria bom deixar a base.

Gurgel faz jogo tucano

Ainda no jogo da grande mídia nacional entra o procurador-geral da República, o doutor Roberto Gurgel. Mesmo negando que a denúncia por ele encaminhada contra Renan a uma semana da eleição no Senado tenha sido motivada por interesses políticos, sua atitude deixou sim uma suspeição e algumas indagações. Será se Renan não fosse candidato a presidente do Senado a denúncia teria sido encaminhada ao STF na semana passada?

Claro que não. Outra pergunta seria; se ele teve todo o tempo do mundo para fazer a tal denúncia porque deixou para fazê-la tão somente agora?. A resposta dele é de que se ocupou bastante no processo do mensalão petista, mas coincidentemente seu trabalho na outra ação, essa contra Renan, acabou justamente na semana anterior a eleição. É por essas e por outras que a atuação de Gurgel foi duramente questionada pelo senador Fernando Collor.

Collor criticou e fez denúncias duras contra Roberto Gurgel, a quem chama de ‘prevaricador’, ‘chantagista’ e outras coisinhas mais, acusa-o ainda de fazer jogo em prol do PSDB, tanto é que os tucanos foram os primeiros a se rebelar contra a proposta do senador alagoano de convocar o procurador-geral da República para prestar esclarecimentos no Senado sobre o possível retardo nas investigações contra o bicheiro Carlinhos Cachoeira e a máfia do jogo do bicho.

A denúncia de Gurgel contra o senador Renan tornou-se um prato cheio para a grande mídia nacional, que notando já que o requentamento de matérias antigas não trariam resultados, usou-a como pretexto para questionar a legalidade na candidatura do senador alagoano. Se existem atos ilegais praticados contra o senador caberá ao Supremo Tribunal Federal apreciá-los e julgá-los, mas até lá Renan Calheiros não foi condenado em nenhuma instância.

Quebra de sigilo

Em sua última cartada para ajudar a grande mídia do Sul, o procurador-geral da República chegou ao cúmulo de abrir o sigilo do processo para que jornais e revistas tivessem acesso aos fatos delituosos que ele afirma terem sido praticados por Renan, quebrando assim a legitimidade de sua ação. Enfim, a ação do procurador orquestrada com os tucanos e a grande imprensa nacional não deu resultado nenhum. Renan venceu a disputa com maioria folgada.

No Senado não existe ‘inocentes’. O que existe lá é o jogo de poder e os interesses partidários acima de tudo. Os tucanos não queriam na verdade impedir a vitória de Renan, mas sim impedir que o governo Dilma continue tendo maioria folgada na Casa e aprove projetos que possam influenciar diretamente nas próximas eleições presidenciais de 2014, onde o PSDB dificilmente terá qualquer chance de vitória, seja contra Dilma ou contra Lula, ambos do PT.

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