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Abaixo, nota da Associação dos Delegados de Alagoas (Adepol) sobre o relatório das desovas, divulgado esta semana pela Comissão de Direitos Humanos da OAB alagoana. Em seguida, a opinião do blog
Nobre Jornalista Odilon,
Ao ler as declarações do presidente da Comissão de Direito Humanos da OAB, Gilberto Irineu, publicadas no BLOG, classificamos como infelizes e equivocadas as afirmações de que dos 150 delegados existentes em Alagoas, só 10 a 15 trabalham e os demais deixam a coisa prá lá.
A Adepol não permite que seja pregada a desunião da categoria. Os delegados de polícia, apesar da falta de condições para exercerem suas atividades, como a falta de estrutura nas delegacias, falta de policias para realizarem investigações, pois os poucos que tem ficam tomando conta de presos dentre outros, vem cumprindo com suas obrigações. Exemplos disso são os inumeros presos abarrotados nas delegacia de polícia, bem como no sistema prisional que está com sua capacidade esgotada.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Gilberto Irineu, ao invés de pregar a desunião na categoria dos delegados, deveria lutar por melhores condições de trabalho, lutar para aumentar o orçamento das polícias civil e militar, lutar para que o governo invista na educação e saúde e lutar em favor dos presos, que vivem em condições desumanas nas delegaciase no sistema prisional.
A Adepol vai interpelar na Justiça o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Gilberto Irineu, para que ele diga quais os delegados que "Deixam a coisa correr", no sentido oferecido por ele, "deixar para lá".
A Adepol de Alagoas exige respeito a categoria dos delegados.
OPINIÃO DO BLOG
A iniciativa da OAB, através de Gilberto Irineu, de divulgar um relatório sobre as desovas em Alagoas é interessante. Tanto que o documento pautou a mídia nacional. Apenas dois exemplos: os jornais Folha de São Paulo e O Globo, afora as matérias locais dos sites e todos os impressos.
O assunto é uma ferida aberta e emblemático porque nunca houve discussão sobre este assunto, por estas bandas. Uma desova geralmente é percebida como alguém "sem valor" ou "menos um". Esquecemos que os tempos do barbarismo se foram, e não podem deixar saudades pelas atrocidades de suas crueldades embutidas.
A desova, antes de ser atacada pelos urubus, era um cidadão ou cidadã, geralmente sem assistência, apoio ou orientações necessárias para reintegrar-se na sociedade. Sabemos como os pobres, os pretos e as prostitutas são tratados em Alagoas. Vejamos as filas dos postos de saúde ou dos hospitais públicos, nos bancos, nas ruas, nos bancos escolares.
Este é um momento, talvez ímpar, para que as três instituições – OAB, Secretaria de Defesa Social e Adepol- possam tratar do tema, unindo-se nos entendimentos.
Talvez a OAB seja a instituição a puxar este assunto.
Essa é uma sugestão endereçada ao presidente da ordem, Omar Coêlho.