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Os últimos dez anos foram fundamentais para mostrar o papel de cada governante na escalada da violência em Alagoas.
Pelos dados do Instituto Sangari, Alagoas e Maceió não são apenas o estado e a capital mais violentos do Brasil. O país é o sexto, no mundo, no ranking de homicídios entre jovens. El Salvador é o primeiro, com uma taxa de 105,6 mortos para cada grupo de 100 mil habitantes.
Alagoas e Maceió estão acima de El Salvador: 125,3 e 251,4, respectivamente, para cada cem mil habitantes. A diferença é que El Salvador tem uma história de instabilidade política, guerra civil e presidentes militares. E Alagoas possui um modelo de exclusão e combate a violência ineficaz desde a sua emancipação, em 1817.
Em 1956, o senador alagoano Ezechias da Rocha reclamava da violência política em Água Branca. Em 1960, Silvestre Péricles exigia providências do Governo sobre a violência.
Em 1957, Rui Palmeira citava, no Senado Federal, a troca de tiros na Assembleia Legislativa. Em dezembro de 1998, o Senado Federal se referia ao assassinato da deputada federal Ceci Cunha.
Onze meses antes, janeiro de 1998, Guilherme Palmeira falava da violência e reclamava das citações de politicos alagoanos pela imprensa nacional no sindicato do crime.
A diferença nos útimos dez anos pode estar ligada ao crescimento da "moçada da droga". Mas, mostra também que Lessa/Vilela/Born/Almeida não conseguiram oferecer, ao Brasil, tentativas de restauração do tecido social.
Ou mesmo o envolvimento da comunidade no combate à violência. Acúmulo de fracassos ou experiências alienígenas.
Alagoas já teve general e policial federal à frente da Segurança Pùblica, outro ensinou que vestir-se de palhaço traria humor à nossa trágica realidade, alguém que inventou a Secretaria Municipal de Direitos Humanos, outra da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos, Conselho Estadual de Segurança, Conselho Estadual de Direitos Humanos, Gabinete de Gestão Integrada.
A Secretaria da Paz mostra que o sensor de realidade é mesmo as eleições para a Prefeitura de Maceió, em 2012.
Crescem os coronéis urbanos em Maceió, são mantidos os coronéis em currais eleitorais no interior, a Assembleia Legislativa tem representantes da pistolagem, da CPI do Narcotráfico, até de encomenda de crime contra sem-terra (após ter a fazenda invadida). Câmaras de vereadores e bancada federal escondem a raiz do escândalo do persistente passado de violência, aliada à impunidade.
Violência não se resolve por decreto ou frases de efeito. Os discursos do passado cumpriram estes papéis. ‘Os heróis morreram de overdose.’
A insistente overdose de transformar vítimas em criminosos e laurear o sindicato do crime, substantivos que ajudam a crescer, assustadoramente, os índices de homicídio.