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A Polícia Federal, em Alagoas, desbaratou hoje uma quadrilha, formada também por médicos, que “aposentava” crianças de seis, sete e oito anos com benefícios do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). De acordo com a PF, médicos faziam falsas perícias, incluindo as crianças como beneficiadas por pensões a aposentados por idade ou invalidez.
“São crianças que tinham as melhores notas nas escolas. Por isso, descobrimos a fraude. Estamos investigando isso há um ano”, explicou o superintendente da PF, José Pinto de Luna. Os 130 agentes da PF estão fazendo a operação Denário, com 14 mandados de prisão e 70 de busca e apreensão na cidade de Palmeira dos Índios, agreste alagoano. R$ 3 milhões foram desviados dos cofres públicos e 70 pessoas serão chamadas a se explicar. “Não serão presas, mas obrigadas a prestar declarações”, disse Pinto de Luna.
A quadrilha também possuía outra ramificação: advogados se favoreciam com supostos erros na documentação. De acordo com a PF, os aposentados tinham direito ao benefício mas, orientados por advogados, entregavam informações erradas ao INSS. O instituto negava o benefício. “Assim, as pessoas tinham que entrar na Justiça e constituir advogado para receber aquilo que já tinham direito. E acabavam pagando os honorários dos profissionais”, disse o delegado. “Percebemos que em Palmeira isso era mais recorrente. Ainda não temos o mapa do Estado inteiro. Pegamos os peixes grandes”, afirmou o superintendente da PF alagoana.

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