Luis Vilar
Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.
O único órgão que parece ainda não ter cumprido a ordem judicial que afastou nove deputados estaduais – por conta do envolvimento em uma quadrilha que teria desviado mais de R$ 280 milhões dos cofres públicos – é a própria Assembléia Legislativa do Estado de Alagoas.
Na teoria, os nove deputados estaduais se encontram longe do parlamento. Porém, só mesmo “na teoria”. Os encontros entre afastados e o grupo da Mesa Diretora ainda acontecem, conforme informações de pessoas ligadas ao presidente afastado Antônio Albuquerque (sem partido).
O presidente afastado continua soprando – de acordo com informações obtidas por este blogueiro – nos ouvidos de Fernando Toledo (PSDB). As últimas informações dão conta de um desentendimento em função do aumento que deveria ser concedido – há anos, diga-se de passagem – aos funcionários do parlamento que efetivamente trabalham na Casa Tavares Bastos (menos da metade por sinal).
Comenta-se, nos bastidores políticos que a greve dos servidores – possivelmente deflagrada na próxima terça-feira – conta com a benção de Albuquerque. Não apenas a greve, mas outras ações, como os pagamentos feitos à construtora responsável pelas obras do prédio sede da Assembléia Legislativa.
Por falar nisto, dizem as “línguas” do parlamento que o presidente afastado Antônio Albuquerque não vai permitir que ninguém “inaugure” a Casa Tavares Bastos a não ser ele mesmo. Desta forma, a ordem é esperar, esperar, esperar, esperar, esperar, esperar, esperar…até que Albuquerque – sabe-se lá quando – possa retornar a cadeira de presidente para cortar a fita que reabrirá as portas do Legislativo.
É bom lembrar que há a possibilidade dos afastados sequer retornarem. Possibilidade a qual Albuquerque sequer admite discutir. Isolado, afastado, porém não longe das articulações políticas, Antônio Albuquerque ainda se faz presente no parlamento alagoano, como demonstra muito bem o semanário Extra, em sua mais recente edição. O periódico citado ainda chama Fernando Toledo (PSDB) de “menino de recado”, o que também é ventilado na Assembléia Legislativa entre alguns nobres deputados.