Ano termina com 83 prefeitos sob investigação

O ano de 2012 vai terminar com um saldo nada positivo para dezenas de gestores públicos, que de uma forma ou de outra não cumpriram o dever de casa e meteram os pés pelas mãos.
O número de prefeitos revelados chegou à soma astronômica de 83, se considerarmos que temos 102 municípios. Os crimes vão de improbidade administrativa, como superfaturamento de preços, dispensa criminosa de licitação para favorecimento de empresas previamente escolhidas e, pasmem, até formação de quadrilha.
Nesse emaranhado de denúncias que está sendo apurada pelo Grupo de Combate à Corrupção, comandada pelo Gecoc que atua com uma equipe de promotores especialistas em apurar essas patifarias, demonstra que essa tropa ainda não aprendeu que estamos vivendo em outros tempos. Acabou-se, ou pelo menos está para acabar, a farra com o dinheiro público, onde prefeitos contratavam bandas com dinheiro oriundo do governo federal através do Ministério do Turismo, para superfaturar eventos e botar o dinheiro no bolso.
Esse alcance do dinheiro do contribuinte por gestores inescrupulosos, não vai acabar do dia para a noite, mas dá para ver que a situação hoje em dia é completamente diferente de alguns anos atrás. Agora, quem não fizer certo, pode estar contando os dias para parar no xadrez.
Até o início do próximo ano, ou seja, na próxima semana, os alagoanos ainda terão muitas notícias sobre operações policiais e quiçá, da prisão de alguns elementos que pensam ser o dinheiro público para pagar despesas pessoais, comprar carros de luxos, fazendas, apartamentos, mansões e fazer farras homéricas.
Que o Congresso Nacional entenda que a missão de investigação dos promotores de justiça em todo o Brasil é nobre e não decida pela sua extinção. O que defendemos, é que as investigações não tenham cunho político e que as ações sejam puramente técnicas. Com isso, quem roubar vai para a cadeia.