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Blog do Mousinho

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As dúvidas do Plano de Segurança

O lançamento do Brasil Mais Seguro ou Plano de Segurança feito com estardalhaço no Centro de Convenções foi uma demonstração psicológica que o Estado e o Governo Federal fizeram questão de mostrar à opinião pública.
Foram dezenas de veículos postados na região, duas mil armas de fogo destruídas e que já haviam sido apreendidas e periciadas pela polícia e o anúncio de compra de equipamentos modernos e treinamentos técnicos na área de investigação. O dia de ontem, assim, foi de grande importância para toda a sociedade, mas é preciso muito mais. As prisões ocorridas nos últimos dias foram graças ao empenho dos juízes da 17ª Vara e do Grupo de Combate à Corrupção, o Gecoc, do Ministério Público.
Algumas informações de que se aumentaria em cem ou até duzentos policiais da Força Nacional, parece que deu para trás. Ontem mesmo, a Comunicação oficial do Governo já informava que apenas 30 policiais civis da Força Nacional estariam à disposição para compor o mutirão contra a violência.
Todos nós queremos crer, que este Plano de Segurança seja realmente para valer. O povo quer resultados, a polícia nas ruas, a prisão de criminosos, para que seja dado um basta à violência. Neste primeiro dia as ações do Plano de Segurança foram satisfatórias, mas quem garante a continuidade deste projeto?
Estamos todos nós cansados de ver que medidas iniciais são tomadas com grande repercussão na mídia, mas nos dias que se seguem ela diminui consideravelmente. Não queremos ser pessimistas, mas já existem setores da própria polícia e da política local, que não apostam cem por cento de sucesso nesse Plano.
O que se questiona no momento não é o investimento que será feito na qualificação de pessoal e principalmente dos técnicos que irão operar equipamentos modernos. Questiona-se, sim, é o combate sistemático aos marginais, aos traficantes que cooptam jovens de 12, 13 e 14 anos para atuarem na distribuição de drogas. Questiona-se é a proteção das agências dos Correios, das casas lotéricas, dos bancos que bateram recordes em assaltos nos últimos meses. Questiona-se é se as delegacias de polícia do interior receberão reforços para impedir a atuação dos bandidos. Questiona-se é o patrulhamento ostensivo em Maceió que se tornou uma das cidades mais violentas do mundo.
Se o governo garante isso, todos nós estaremos salvos. Se não, vamos aproveitar este carnaval todo para consertar coisas que podem estar erradas. Essa é a grande oportunidade. Que o alagoano acredita nas ações dos governos federal e estadual, isso ninguém tem dúvidas. Mas é preciso que se mostre efetivamente que o Plano Nacional de Segurança veio para resolver uma das graves epidemias que assolam o solo alagoano: a violência.

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