As eleições, para os juízes: a palavra do terror

O clima de terror diante das cidades sem segurança- diga-se: policiais militares suficientes- para as eleições chegou aos juízes, os que vão comandar a votação ou a escolha dos candidatos a prefeito e vereador.
O juiz de Atalaia, Alfredo Mesquita, resumiu hoje a situação da comarca. Primeiro, disse que espera do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a aceitação do pedido de tropas federais; se o tribunal não acatar, tem um plano B: “Recorrer a Deus”. Por que tanto espanto?
Mesquita diz que o delegado da cidade só aparece três vezes por semana. Nos outros, se for permitido matar, roubar ou furtar, o cidadão deve recorrer a outros meios: ir ao município mais próximo, prestar sua reclamação.
O TRE de Alagoas negou pedido de tropas para sete cidades. Aceitou para duas: Minador do Negrão e Pilar.
Se entre os magistrados, os “xerifes” das eleições, o momento é de tensão ou medo, se a polícia não existe, se apenas a Força Nacional traz a espada do heroísmo, que dizer da população mais desarmada e quase escravizada pelo coronelato?