Luis Vilar
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Conversei, na manhã de hoje, com o tucano Claudionor Araújo. Em um bate-papo rápido, antes de iniciar uma reunião com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Antônio Sapucaia, o dirigente do PSDB destacou que os rumos de seu partido em 2008 ainda são indefinidos. De acordo com Claudionor Araújo, o partido ainda não sabe se apresenta candidato ou se apóia algum nome que possa surgir da base do Governo do Estado: leia-se PSB, PPS, ou PSC.
O PSB pode apresentar Kátia Born, como esta mesma ressaltou em entrevista ao jornal Tribuna Independente. O PPS possui Régis Cavalcante como nome forte e o PSC pode recorrer ao político Jorge VI. No caso do PSDB lançar candidato, Claudionor Araújo falou que dois nomes estão sendo bastante discutidos dentro do partido: o da secretária estadual de Assistência Social, Solange Jurema, e do cientista político Eduardo Magalhães.
“São excelentes nomes. O Eduardo Magalhães nunca foi candidato, mas não tem nada a ver isto”, disse Claudionor Araújo a este repórter. O PSDB parece que segue para o caminho mais provável. As indefinições podem levar o partido a simplesmente apoiar – ainda que timidamente – alguma candidatura da base, enquanto o caminho fica livre para a união PT e PMDB. Claudionor Araújo disse desconhecer qualquer diálogo dentro do partido em torno de uma aliança branca com os petistas, mas ressaltou:
“Não estamos fechando as portas para ninguém. Respeitamos todas as agremiações e todas as hipóteses são válidas”, salientou. Em parte, as indefinições tucanas se dão ao fato da dificuldade de bater o prefeito Cícero Almeida (PP), considerado – até mesmo por muitos adversários – como “invencível”, mesmo diante do calcanhar de Aquiles que são os problemas na área social. O próprio PT reconhece – como já foi declarado pelo deputado estadual Paulão – esta dificuldade.
Neste caso, o nome de Solange Jurema seria a grande aposta, caso o PSDB encabece a chapa. A secretária de Assistência Social pode atacar justamente na área em que o prefeito ficou devendo, apesar da boa administração no quesito infra-estrutura. O que ninguém duvida é que – na disputa pela prefeitura – serão todos contra Almeida. Neste caso, na irônica matemática das coligações, dividir será a melhor forma de somar: o ataque vem por todos os lados.
E vem pancada do PT com Judson Cabral, que apesar de cauteloso possui credibilidade e discurso consistente; dos partidos de base do Governo do Estado, em especial com Kátia Born e Jorge VI; e do PDT e PSOL, caso Heloísa Helena e Ronaldo Lessa se unam. Caso contrário, o PDT bate com Ronaldo Lessa. E o PSOL bate com o candidato que for para o pleito.
A resposta de Almeida é uníssona para todos os adversários. “Eu sou o prefeito fermento, quanto mais se bate, mais cresce”, destacou. Porém, Almeida não atentou para o efeito indigesto de algumas de suas declarações. Entre elas, dizer que anda sonhando com uma aliança com Fernando Collor de Mello, que segundo ele, é motivo de orgulho para Alagoas. Alguns eleitores do prefeito não gostaram da possibilidade desta aliança se consolidar nos próximos dias.
Mas, Almeida tem muitos trunfos. Cabe citar três: a indefinição dos adversários que parecem ter aceitado o clima do “já perdeu”; a boa atuação em alguns setores da Prefeitura e a falta de credibilidade de alguns adversários, que não descem na goela da população. E é ai que Almeida deita e rola e pede para que “eles” mostrem “os serviços prestados à sociedade maceioense”, enquanto inaugura mais uma obra, mais uma obra, mais uma obra, mais uma obra…
Tudo isto porque Almeida sabe da resposta para a pergunta. E aí, quais são os serviços prestados por alguns adversários? Quais mesmo?