Luis Vilar
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Barbosa fala sobre vinda da Comissão de Ética
Barbosa diz que fica no PSOL ‘até o fim’
O vereador Ricardo Barbosa (PSOL) falou sobre o fato de não ter ido depor na Comissão de Ética do PSOL, em entrevista a este blogueiro. De acordo com Barbosa, ele sofre um processo de “aniquilamento político” dentro do partido, mas que só pretende sair da sigla quando se esgotarem todas as possibilidades de permanência dentro da agremiação.
“Eu até estou evitando discutir o assunto por respeito ao PSOL. Este processo de publicidade desta crise só enfraquece o próprio PSOL. Eu, quando propus a Comissão de Ética, queria um debate político, tanto que não tinha ninguém como alvo, mas sim a conduta do PSOL nas eleições de 2010. Este seria o debate, mas foi deturpado e o processo começou a me ter como alvo”, destacou Ricardo Barbosa.
O vereador do PSOL colocou ainda que a Comissão de Ética foi “descaracterizada” e por esta razão, não mais fazia sentido ele ser ouvido. “Eu queria a avaliação do documento que nós apresentamos e que foi subscrito por 100 filiados questionado as práticas em relação ao processo eleitoral. Mas, o processo se desvirtuou e eu virei alvo das mais diversas acusações, questionando meu patrimônio, os carros de luxo e as fazendas que eu tinha adquirido. Foram para acusações morais. Entraram no pântano do terreno das acusações morais”, colocou Ricardo Barbosa.
A Comissão de Ética, como já publicado neste blog, veio ao Estado de Alagoas no fim de semana passado. Mas, apenas o presidente municipal do partido, Alexandre Fleming, e o presidente estadual Mário Agra (que fazem parte do campo de acusações a Ricardo Barbosa) foram ouvidos. Do outro lado seriam ouvidos Barbosa e Dom Marcos, mas estes não foram ao encontro da Comissão.
“Em meio a este processo, houve também a saída de 91 filiados que são ligados a minha pessoa”, destacou Ricardo Barbosa. O vereador ainda nega que tenha orquestrado as desfiliações. “Eu tive conhecimento delas e soube do processo. Não posso negar. Mas dizer que foi orquestrado é um desrespeito a companheiros de luta, que ajudaram a formar o PSOL em Alagoas, como o próprio Dom Marcos e que agora apresentam suas desfiliações. Eu não saio ainda. Quero que minha saída seja pela total impossibilidade de permanecer no partido”.
Ricardo Barbosa avaliou as desfiliações como uma perda significativa para a legenda. Segundo ele, foram cinco diretórios municipais inteiros que deixaram o partido. Ricardo Barbosa diz esperar a recomposição do PSOL em Alagoas e destaca a importância da agremiação.
