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O delegado Marcílio Barenco não vai deixar o comando da Delegacia Geral da Polícia Civil de Alagoas. A declaração foi dada por ele próprio ao blog. Segundo ele, só existe uma possibilidade de ele deixar a função. "É um cargo pertencente ao governador. Ele é quem decide se eu fico ou não. Por enquanto, não tenho motivos para sair". Há duas semanas, também ao blog, Teotonio Vilela Filho declarou que Barenco e o secretário de Defesa Social, Paulo Rubim, ficam no Governo.
As críticas de Barenco continuam ácidas. Não se responsabiliza pelo aumento dos crimes em Alagoas. Diz o porquê: "A polícia só age quando o Estado falhou". Um recado às áreas que cuidam das políticas públicas.
Barenco e Rubim ficam, mas a crise na segurança pública continua. Hoje, a OAB divulgou relatório sobre as desovas no Estado: foram 161 corpos, 101 enterrados como indigentes. Ou seja, não identificados.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, Gilberto Irineu, critica a gestão Rubim e Barenco. "Ha uma crise de gestão na segurança pública". Ele disse ainda que, dos 150 delegados existentes em Alagoas, entre 10 e 15 trabalham. E o resto? "Deixam a coisa correr". Irineu não deu nomes. "Deixar correr", no sentido oferecido por ele, é "deixar para lá". E isso é um fator decisivo no aumento dos crimes.
Mas, em um ponto o advogado concorda: o número de homicídios só dobrou em Alagoas, em relação a 2007, porque nem o Instituto Médico Legal nem a Secretaria de Defesa Social "maquiam mais os números": "Antes era comum a maquiagem e a gente sempre brigava por causa disso. Agora, isso não existe. Todos os inquéritos estão sendo instaurados pelo Barenco. No passado, poderia até ser proporcionalmente maior, mas agora não".